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Casa Branca não dará explicação sobre espionagem a Merkel

País não negou que celular da chanceler alemã tenha sido grampeado e admitiu que denúncias criam tensões com aliados

Merkel falando ao celular: EUA confirmou ter grampeado as telecomunicações da aliada (Yves Herman/Reuters)

Merkel falando ao celular: EUA confirmou ter grampeado as telecomunicações da aliada (Yves Herman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 16h44.

Washington - A Casa Branca não negou nesta quinta-feira que o celular da chanceler alemã, Angela Merkel, tenha sido grampeado e admitiu que as denúncias de espionagem dos últimos meses criam tensões com aliados dos Estados Unidos.

"Não vamos comentar publicamente cada suposta atividade de inteligência especificada", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. "O presidente conversou com a chanceler Merkel, a tranquilizou de que os Estados Unidos não estão monitorando e não irão monitorar as comunicações da chanceler." Merkel reagiu com indignação nesta semana à informação obtida pelo governo alemão de que os EUA haviam monitorado conversas no celular de trabalho dela. Em conversa telefônica com Obama na quarta-feira, ela exigiu explicações e disse que tal vigilância, se tiver realmente ocorrido, configura uma clara quebra de confiança.

Pressionado sobre o tema, Carney reiterou que os EUA se reservam o direito de realizar vigilâncias eletrônicas e que Obama já iniciou uma revisão das atividades de coleta de inteligência a fim de equilibrar as necessidades de segurança com os direitos legítimos à privacidade.

Outros países aliados dos EUA, como Brasil, França e México, também já se queixaram das atividades norte-americanas de espionagem que começaram a vir à tona em junho, a partir de documentos revelados pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden, asilado na Rússia.

Carney admitiu que "isso é claramente uma fonte de tensão em algumas das nossas relações".

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha convocou o embaixador dos Estados Unidos, John B. Emerson, para discutir o assunto, de acordo com um porta-voz do governo alemão.

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