O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: vantagem após polêmicas declarações de Romney sobre a mentalidade de "vítimas" de 47% de seus compatriotas (Yuri Gripas/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 23h14.
Washington - A Casa Branca considerou nesta quarta-feira que o candidato republicano, Mitt Romney, havia recorrido a uma manobra "desesperada" ao divulgar declarações de Barack Obama de 1998 que, supostamente, mostram com clareza as ideias de extrema esquerda do atual presidente dos Estados Unidos.
A equipe de campanha republicana divulgou na terça-feira uma gravação de áudio na qual Obama, então representante local do Illinois (norte), defende a ideia de uma "redistribuição" da riqueza, no momento em que Romney está em apuros devido à divulgação de um vídeo, gravado por uma câmera escondida, durante uma reunião de arrecadação de fundos em maio, em que trata com desdém os eleitores democratas.
O porta-voz da Casa Branca, Jim Carney, afirmou que todos aqueles que acompanham de perto a política americana foram testemunhas de "circunstâncias como estas, quando uma equipe de campanha tem um dia muito ruim, ou uma semana muito ruim".
"Às vezes é feita uma tentativa, desesperada, de mudar de tema. É o que podemos estar assistindo atualmente", acrescentou Carney durante a sua entrevista coletiva à imprensa diária, negando que Obama tenha tentado defender há 14 anos outra coisa além de uma organização governamental eficaz.
Na terça-feira à noite, o presidente Obama disse que seu adversário considerava uma parcela grande dos americanos em termos de "perdas e ganhos", referindo-se às polêmicas declarações de Romney sobre a mentalidade de "vítimas" de 47% de seus compatriotas, criticados pelos republicanos por acreditarem que têm direito a receber auxílios do Estado.
Essas declarações do candidato republicano provocaram uma tempestade midiática, em um momento em que este registra uma sensível queda nas pesquisas.