Porta-aviões americano: "O fato é que está, sim, a caminho da Península de Coreia", garantiu Spicer (Sean M. Castellano/Cortesia da Marinha dos EUA/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de abril de 2017 às 16h03.
Washington - O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, tentou diminuir nesta quarta-feira a polêmica por ter anunciado há quase duas semanas que o porta-aviões Carl Vinson se dirigia à Península da Coreia quando, na realidade, seguiu em direção ao Índico.
Spicer assegurou hoje que, apesar de o porta-aviões Carl Vinson e seu grupo de ataque, que inclui dois destroieres, não se dirigiu para a Península de Coreia há duas semanas como deu a entender. O "fato" é que atracará ali em breve.
"O fato é que está, sim, a caminho da Península de Coreia", garantiu Spicer, que tirou peso do fato de que, no último dia 8 de abril, o Comando do Pacífico anunciou que o porta-aviões havia deixado Cingapura rumo ao "Pacífico Ocidental", uma área à qual não chegará até pelo menos o final do mês.
O anúncio do envio do grupo de ataque do Carl Vinson foi feito depois que, em 5 de abril, a Coreia do Norte testou um míssil que lançou ao Mar do Japão (Mar do Leste), algo que foi denunciado por Washington como uma nova provocação em incumprimento das obrigações internacionais do regime comunista.
Seis dias depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, assegurou que estava "enviando uma armada, muito potente", quando, na realidade, a frota estava se dirigindo para o Oceano Índico para participar de manobras com a Austrália.
"Anunciamos que irá e chegará à Península da Coreia", reiterou hoje Spicer, que não quis responder por que se alimentou a ideia de que o porta-aviões dirigia-se para a Coreia do Norte de maneira imediata.
Segundo o site "GoNavy", que monitora rotas aproximadas dos porta-aviões americanos, já que estas não são divulgadas em detalhe, até ontem o Carl Vinson ainda encontrava-se no Oceano Índico.
O Comando Pacífico informou que agora o porta-aviões segue em direção para o Pacífico Ocidental, um movimento que hoje Spicer disse que está pensado como "dissuasão" e para reafirmar a aliança com aliados na região.