Washington foi muito crítico com o veto russo a um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU para impor sanções adicionais ao regime sírio de Bashar al Assad (AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2012 às 17h53.
Washington - A Casa Branca manifestou nesta sexta-feira a intenção de fortalecer suas relações com a Rússia e melhorar sua "associação construtiva", depois que o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca se reuniu com Vladimir Putin, que tomará posse como presidente russo na próxima segunda-feira.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Tommy Vietor, expressou hoje em comunicado esta vontade, depois que o assessor americano Tom Donilon se encontrou na Rússia com as autoridades do país durante os últimos dois dias.
Após as conversas em Seul no final de março entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o chefe de Estado russo em fim de mandato, Dmitri Medvedev, o assessor do Executivo de Obama se reuniu com Putin para escorar temas estratégicos após as recentes tensões entre os países.
A viagem do assessor de Segurança Nacional serviu para tratar "os próximos passos nas relações entre Rússia e EUA, inclusive a cooperação em matéria de segurança e as questões econômicas", se limitou a assinalar o comunicado da Casa Branca.
O governo Obama englobou os encontros em "uma série permanente de consultas de alto nível sobre temas de interesse estratégico mútuo" e das quais, assegura, surge a vontade de ambas potências de melhorar suas relações.
Além do encontro com Putin, Donilon se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, e o chefe adjunto do gabinete do governo russo, Yuri Ushakov.
No final de março, na 2ª Cúpula sobre Segurança Nuclear, o presidente americano e o atual presidente russo se reuniram e reconheceram diferenças e tensões nas relações entre os dois países.
Washington foi muito crítico com o veto russo a um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU para impor sanções adicionais ao regime sírio de Bashar al Assad.
Também permaneceram as diferenças nas negociações na intenção americana de desenvolver um escudo de defesa antimísseis na Europa para prevenir uma possível ameaça de países como Irã e Coreia do Norte.