Novo vídeo do Estado Islâmico mostra decapitação de Alan Henning, voluntário britânico (Reprodução/YouTube)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2014 às 23h10.
Washington - O governo dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira que o refém ameaçado no último vídeo do Estado Islâmico (EI), no qual os jihadistas decapitam o britânico Alan Henning, é o americano Peter Kassing.
"Podemos confirmar que o cidadão americano Peter Kassig é refém do EI. Neste ponto não temos motivos para duvidar da autenticidade do vídeo divulgado hoje", indicou a Casa Branca em comunicado.
"Continuaremos usando todas as ferramentas a nosso alcance - militares, diplomáticas, policiais, de Inteligência - para trazer Peter para junto de sua família", acrescenta a nota.
O grupo radical Estado Islâmico publicou nesta sexta-feira um vídeo com a suposta decapitação do britânico Alan Henning, sequestrado em dezembro na Síria e o quarto refém ocidental assassinado pelos jihadistas neste país.
A gravação, de um minuto e 11 segundos de duração e cuja autenticidade não pôde ser verificada, foi publicada em sites usados pelos islamitas sob o título "Outra mensagem para os Estados Unidos e seus aliados".
No vídeo, Henning diz: "Pela decisão de nosso parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu, como membro do povo britânico, pagarei agora o preço por esta decisão".
Da mesma forma que nas execuções anteriores, a vítima é decapitada por um carrasco mascarado em um lugar desértico ao ar livre. No final do vídeo, o EI apresenta um novo refém, o americano Peter Edward Kassing, em um cenário similar.
O jihadista mascarado agarra Kassing pelo pescoço e dirige palavras ao presidente americano, Barack Obama.
"Você começou um bombardeio aéreo em Sham (Síria), que segue golpeando nossa gente. Portanto é um direito que continuemos golpeando os pescoços de sua gente", ameaça o jihadista.
Henning era um taxista britânico, de 47 anos, que trabalhou na Síria como voluntário de uma organização humanitária.
Sua decapitação é a quarta de um refém ocidental executada pelo EI desde agosto, quando começou a ofensiva americana de ataques aéreos sobre posições do grupo jihadista no norte do Iraque.
Antes dele, foram assassinados os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, e o voluntário britânico David Haines.