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Casa Branca condena bombardeio de escola da ONU em Gaza

Escola era refúgio de mais de 3.000 pessoas deslocadas e foi atacada com morteiros disparados por tanques israelenses na manhã desta quarta-feira

Colunas de fumaça negra cobriam a área, enquanto ao menos cinco ambulâncias se apressavam para chegar ao local do ataque, onde corpos jaziam espalhados pelo chão (Mahmud Hams/AFP)

Colunas de fumaça negra cobriam a área, enquanto ao menos cinco ambulâncias se apressavam para chegar ao local do ataque, onde corpos jaziam espalhados pelo chão (Mahmud Hams/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 17h09.

Washington - A Casa Branca condenou nesta quarta-feira o bombardeio de uma escola da ONU na Faixa de Gaza, onde estavam refugiados palestinos que fugiam da ofensiva militar de Israel contra militantes do grupo radical Hamas.

"Os Estados Unidos condenam o bombardeio da escola da UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos) em Gaza, que deixou mortos e feridos entre palestinos inocentes, incluindo crianças, e trabalhadores humanitários da ONU", indicou a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Bernadette Meehan.

A escola localizada no campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, era refúgio de mais de 3.000 pessoas deslocadas e foi atacada com morteiros disparados por tanques israelenses na manhã desta quarta-feira. Nesse ataque morreram 16 pessoas.

Esta é a segunda vez em uma semana que uma escola da ONU abrigando refugiados é bombardeada por forças israelenses.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chamou o ataque de "injustificável".

Meehan disse que Washington está "extremamente preocupado porque milhares de palestinos deslocados que foram obrigados a deixar suas casas por militares israelenses não estão seguros em refúgios designados pela ONU em Gaza".

"Condenamos também os responsáveis por esconder armas em instalações da ONU em Gaza", ressaltou.

"Todas essas ações, e outras semelhantes cometidas anteriormente no conflito, são incompatíveis com a neutralidade da ONU. Esta onda de violência evidencia a necessidade de um cessar-fogo o mais rápido possível", acrescentou.

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