Estado Islâmico: grupo atua no norte do Iraque e na Síria e conquistou parte dos territórios (AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2014 às 21h55.
Washington - Dois dias antes do anúncio do plano prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para "destruir" o Estado Islâmico - milícia mulçumana extremista que atua no Iraque e na Síria -, a Casa Branca adiantou que a ofensiva não prevê o envio de tropas terrestres, mas que a ação terá bombardeios aéreos e que a diplomacia também será utilizada para alcançar o objetivo.
As declarações sobre o plano que Barack Obama prometeu anunciar na próxima quarta-feira (10) foram feitas pelo secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, durante uma conversa com jornalistas hoje (8).
Earnest não adiantou detalhes sobre o novo plano militar contra o Estado Islâmico, mas disse que a ofensiva terá características parecidas às das missões antiterroristas anteriores dos Estados Unidos, como a executada contra a Al-Qaeda.
"Os Estados Unidos vão intensificar os ataques aéreos contra o Estado Islâmico, treinar, assessorar e partilhar informação com o Exército iraquiano sobre como perturbar e destruir a milícia", informou.
O Estado Islâmico atua no norte do Iraque e na Síria e já conquistou parte dos territórios dos dois países.
Em agosto, o presidente Barack Obama anunciou uma intervenção militar americana na região contra a milícia, para conter a ação do grupo e recuperar territórios conquistados pelo Estado Islâmico .
Em retaliação, o Estado Islâmico executou dois jornalistas americanos que vinham sendo mantidos como reféns.
Earnest lembrou que o Congresso americano deve autorizar a iniciativa e explicou que o objetivo será "proteger a população do Oriente Médio e proteger o território americano de atentados terrorristas".
"É possível que algum combatente da milícia possa ter passaporte americano", disse.
Em agosto, o presidente Obama determinou ataques aéreos sobre a região dominada pelo grupo no Norte do Iraque.
Hoje o Pentágono declarou que mais de 140 missões de bombardeiro foram concluídas a partir de um porta-aviões localizado no Golfo Pérsico.