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Casa Branca acha prematuro abordar controle de armas após ataque

A porta-voz disse durante sua entrevista diária que hoje o país deve se dedicar ao luto pelas vítimas e a consolar os sobreviventes

Ataque em Las Vegas: "Haverá um lugar e um momento para um debate político" (David Becker/Getty Images)

Ataque em Las Vegas: "Haverá um lugar e um momento para um debate político" (David Becker/Getty Images)

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EFE

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 17h16.

Washington- A Casa Branca considerou nesta segunda-feira que é "prematuro" falar sobre leis para um maior controle de vendas e posse de armas após o tiroteio ocorrido na noite de ontem em Las Vegas, onde um atirador, equipado com vários fuzis, disparou contra uma multidão e matou pelo menos 58 pessoas.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse durante sua entrevista diária que hoje o país deve se dedicar ao luto pelas vítimas e a consolar os sobreviventes. Além dos 58 mortos, o atirador feriu 515 pessoas, segundo o balanço oficial.

"Haverá um lugar e um momento para um debate político, mas agora é o momento de nos unirmos como país" destacou Sanders.

"Há uma investigação aberta e ainda precisamos determinar a motivação (do atirador). Seria prematuro para nós falarmos sobre política quando não temos todos os fatos do que ocorreu ontem à noite", completou a porta-voz do governo de Donald Trump.

Vários congressistas democratas pediram hoje aos republicanos que deixem de bloquear leis para controlar as armas no país após o ataque em Las Vegas, cometido com armas de fogo muito potentes.

Trump, que se alinhou à Associação Nacional do Rifle (NRA) desde a campanha eleitoral de 2016, não fez nenhuma referência ao tema durante o discurso que fez sobre o tiroteio em Las Vegas.

Perguntada sobre qual é a posição do presidente sobre o controle de armas, Sanders respondeu que Trump é um "ferrenho defensor da segunda emenda" da Constituição dos EUA, que garante o direito ao porte de armas e que é utilizada como argumento contra os que se opõem a uma maior restrição nesse sentido.

Quando uma jornalista lembrou a porta-voz que, após o tiroteio ocorrido em junho de 2016 em Orlando, na Flórida, Trump falou imediatamente de política, defendendo sua proposta de vetar a entrada de muçulmanos no país, Sanders disse que há uma diferença entre ser candidato e presidente.

"O país pode ter essa conversa política, mas hoje não é o dia para isso", disse a porta-voz.

Após esse tipo de incidente, bastante frequente nos EUA, é comum que os democratas defendam um maior controle de armas, e os republicanos acusem os adversários de politizar a tragédia.

Sanders também não quis afirmar se a Casa Branca considera o tiroteio em Las Vegas como um ato de terrorismo doméstico. Segundo a porta-voz, também é prematuro utilizar o termo até que haja mais informações sobre o que de fato ocorreu ontem.

A porta-voz citou no início da entrevista algumas histórias de algumas pessoas que estavam no local do ataque e destacou que várias delas arriscaram suas vidas para salvar pessoas que não conheciam.

"O ânimo americano não pode ser abalado", disse Sanders, visivelmente emocionada.

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