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Carta revela arrependimento de Kalashnikov

Segundo o jornal russo Izvestia, Kalashnikov expressou remorso e revelou que questionava sua responsabilidade nas mortes de milhões por armas projetadas por ele


	Mikhail Kalashnikov: Kalashnikov faleceu no mês passado, aos 94 anos
 (Natalia Kolesnikova/AFP)

Mikhail Kalashnikov: Kalashnikov faleceu no mês passado, aos 94 anos (Natalia Kolesnikova/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 15h56.

Moscou - O projetista de armas Mikhail Kalashnikov, criador do fuzil de assalto AK-47, escreveu pouco antes de morrer uma carta de arrependimento endereçada ao patriarca Cirilo, líder da igreja ortodoxa russa.

De acordo com o jornal russo Izvestia, Kalashnikov expressou remorso e revelou que questionava sua responsabilidade nas mortes de milhões de pessoas decorrentes de disparos efetuados com armas projetadas por ele.

Alexander Volkov, porta-voz do patriarca Cirilo, revelou que o líder da igreja russa tentou confortar Kalashnikov e disse que ele era um "verdadeiro patriota".

Kalashnikov faleceu no mês passado, aos 94 anos. O teor da carta contradiz declarações feitas por ele no passado, quando afirmou que projeto o AK-47 para proteger seu país e disse que não poderia ser responsabilizado pelas atitudes de outras pessoas.

O trabalho de Kalashnikov para a União Soviética o imortalizou no nome da arma de fogo mais popular do planeta, o fuzil AK-47, usado tanto por exércitos regulares quanto por grupos armados clandestinos e rebeldes em todo o mundo.

O nome AK-47 é uma combinação das iniciais do nome do fuzil, "Avtomat Kalashnikova", e o ano em que a arma começou a ser produzida, 1947.

Inspirada no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44, a arma popularizou-se por causa de sua manutenção relativamente simples, por sua resistência a condições adversas, como água, areia e lama, e também por seu baixo custo. Estima-se que 100 milhões de fuzis AK-47 estejam em uso em todo o mundo. Fonte: Associated Press.

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