A Carta da Terra trabalha com o conceito de que é necessário mobilizar as pessoas, para que elas percebam que as pequenas ações podem ter grandes impactos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2011 às 14h50.
São Paulo - Um mundo melhor se faz com uma sociedade mais justa, sustentável e pacífica. Foi para ajudar a tornar isso realidade que surgiu a Carta da Terra, um documento divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, com uma série de diretrizes para esta geração e para as gerações futuras.
A Carta da Terra é bastante importante para o desenvolvimento da educação ambiental, pois trata tanto do cuidado com o meio ambiente, quanto das relações interpessoais e como isso afeta o local em que vivemos. Ela é dividida em 16 princípios, agrupados em quatro blocos: respeitar e cuidar da comunidade de vida; integridade ecológica; justiça social e econômica; democracia, não-violência e paz.
Segundo o educador ambiental Adailton Junior, para que as pessoas consigam entender o que é esse documento, “é preciso mostrar que o planeta é um organismo e nós somos parte dele”. Para ele, esse organismo está doente e é preciso mudar a realidade atual, que prega o consumismo e a individualidade, para poder pensar no futuro.
A Carta da Terra, assim como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a Agenda 21, trabalham com o conceito de que é necessário mobilizar as pessoas, para que elas percebam que as pequenas ações podem ter grandes impactos. Trabalha-se também a capacitação de agentes multiplicadores, que sejam aptos a passar os conceitos às outras pessoas.
Por todo o mundo existem pessoas buscando colocar os conceitos da Carta da Terra em prática. Desde que foi anunciada oficialmente, após 13 anos de discussões sobre o tema e quais seriam as diretrizes, ele conquistou a adesão de 4.500 organizações, sendo elas governamentais, não-governamentais ou internacionais. Independente das organizações, qualquer pessoa pode colocar em prática a Carta da Terra, somente ao disseminar os valores para o próximo, seja ele da família, amigos, escolas, empresas ou representantes da sociedade civil.