Mundo

Carros híbridos prometem alcançar 1.100 km com uma carga (e um pouco de gasolina)

Tecnologia que combina motor elétrico e a combustão promete percorrer mais de 1.000 km com uma única carga e atrai atenção global

Vveículos elétricos de autonomia estendida caíram no gosto dos chineses e têm dominado o mercado. (Shutterstock/Divulgação)

Vveículos elétricos de autonomia estendida caíram no gosto dos chineses e têm dominado o mercado. (Shutterstock/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 07h57.

A crescente demanda por veículos elétricos na China está impulsionando uma nova categoria de automóveis: os veículos elétricos de autonomia estendida (EREVs). Essa tecnologia, que permite que os veículos percorram distâncias muito maiores que os elétricos convencionais, está sendo adotada por consumidores preocupados com a autonomia e a praticidade no dia a dia. As informações são da Bloomberg.

À medida que essa tendência ganha força no maior mercado de automóveis elétricos do mundo, montadoras globais começam a considerar a introdução dos EREVs em outros mercados, incluindo os Estados Unidos. A promessa de veículos com maior autonomia, combinada com a capacidade de recarregar as baterias em movimento, pode ser a chave para conquistar motoristas que ainda resistem à transição para veículos totalmente elétricos.

Futuro da mobilidade elétrica

Os EREVs estão ganhando terreno rapidamente na China, o maior mercado mundial de veículos elétricos. As vendas desses veículos mais que dobraram no último ano e agora representam 30% das vendas de híbridos plug-in no país, de acordo com a Bloomberg. A tecnologia deve chegar aos Estados Unidos no próximo ano, com o lançamento do Ramcharger, uma versão EREV da picape Ram 1500, que promete uma autonomia de 1.100 km.

Enquanto as montadoras globais enfrentam desafios para popularizar os veículos elétricos, os EREVs aparecem como uma solução intermediária, combinando a praticidade de um motor a combustão com as vantagens ambientais de um veículo elétrico. Esses veículos podem ser carregados na tomada como um EV convencional, mas também podem ser abastecidos com gasolina, permitindo que o motor funcione como um gerador para recarregar a bateria em movimento. Isso elimina a necessidade de parar em estações de carregamento durante viagens longas, aliviando a ansiedade de autonomia que muitos consumidores sentem.

Desafios da tecnologia

Nos Estados Unidos, a aceitação dos EREVs ainda é incerta. Embora a Stellantis esteja avançando com o Ramcharger, outras montadoras, como Ford e General Motors, ainda não se comprometeram totalmente com essa tecnologia. Além disso, reguladores e grupos ambientais têm levantado preocupações sobre o impacto dos EREVs, considerando-os um possível desvio na transição para veículos de emissão zero.

Na China, a Li Auto lidera o mercado de EREVs, com um crescimento significativo nas vendas, impulsionado por modelos como o L6. O mercado global de híbridos plug-in, que inclui os EREVs, deve crescer substancialmente nos próximos anos, com previsões de vendas globais atingindo 9,2 milhões de unidades em 2030.

Enquanto a tecnologia avança na China, a introdução de EREVs nos Estados Unidos pode enfrentar desafios políticos e econômicos. No entanto, especialistas acreditam que esses veículos poderiam oferecer uma transição mais acessível e prática para a mobilidade elétrica, especialmente para consumidores que valorizam a autonomia e a flexibilidade em seus veículos.

Acompanhe tudo sobre:Carros híbridosEstados Unidos (EUA)China

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia