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Carlyle cria "private equity" para ONGs brasileiras

Com mais de 147 bilhões de dólares sob gestão no mundo, grupo lança o Instituto Carlyle Brasil para ajudar ONGs voltadas para a educação

Segundo maior fundo de investimentos do mundo, Carlyle cria instituto no Brasil para otimizar gestão de ONGs no país (Win McNamee/Getty Images)

Segundo maior fundo de investimentos do mundo, Carlyle cria instituto no Brasil para otimizar gestão de ONGs no país (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 12h56.

São Paulo - O grupo Carlyle, que já comprou o controle de empresas como CVC, Qualicorp e mais recentemente a Ri Happy, anunciou hoje que irá replicar o modelo de investimento feito via fundo de private equity em ONGs de educação no Brasil. É a primeira vez que o Carlyle implementa essa metodologia com fins sociais.

A Brazil Foundation, que investe em pequenas e médias organizações sem fins lucrativos, foi contratada pelo grupo para estruturar um edital aberto ao terceiro setor. A expectativa é que dentro de quatro meses, até 5 ONGs sejam selecionadas. Em um primeiro momento, o projeto contemplará apenas organizações de São Paulo.

Elas receberão assistência jurídica e de negócios com o intuito de aprimorar os processos de gestão e governança. A injeção de recursos ficará por conta de aportes voluntários feitos por funcionários do Carlyle em todo o mundo, além de doações de companhias nas quais o grupo tem participação.

O recém-lançado Instito Carlyle Brasil contará com a parceria de empresas como Ernst & Young, que fará a auditoria nas ONGs, e os escritórios de advocacia Mattos Filho e Pinheiro Neto, que trabalharão para que o investimento seja revertido ao máximo em benefícios fiscais para as empresas participantes.

"Assim como não olhamos para companhias como a Vale ou para startups, também procuraremos ONGs que não sejam enormes, mas que já tenham algum tempo de trabalho", explicou Juan Carlos Felix, diretor geral do Carlyle.

Juntas, as ONGs deverão receber um montante de 1 a 5 milhões de dólares por ano. Assim como o grupo busca promover um choque de gestão para maximizar os retornos financeiros durante o tempo em que controla as empresas que entram no seu portfólio, o Instituto fará o mesmo com a ONGs, buscando expandir, nesse caso, o chamado "retorno social". Depois de um período de três a cinco anos, o Instituto Carlyle deixará de participar das organizações, colocando outras ONGs no radar.

"Acreditamos que o investimento em educação é o melhor investimento social que pode ser feito: você beneficia o indivíduo e a sociedade em geral", disse Felix.

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