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Carla Bruni aconselha Trierweiler a casar-se com Hollande

A cantora expressa suas dúvidas sobre a possibilidade de Trierweiler manter durante o mandato de Hollande seu trabalho como jornalista


	Carla Bruni: "Não me permito dar conselhos a ninguém, mas me parece que é mais fácil ser a esposa legítima do chefe do Estado que sua namorada", afirmou a ex-primeira dama
 (Eric Feferberg/AFP)

Carla Bruni: "Não me permito dar conselhos a ninguém, mas me parece que é mais fácil ser a esposa legítima do chefe do Estado que sua namorada", afirmou a ex-primeira dama (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 19h55.

Paris - A ex-modelo e cantora Carla Bruni quebrou os seis meses de silêncio mantidos desde que Nicolas Sarkozy deixou a presidência francesa com uma entrevista à revista "Elle" na qual fala sobre sua nova vida e aconselha Valérie Trierweiler a casar-se com François Hollande.

"Não me permito dar conselhos a ninguém, falo da minha experiência, mas me parece que é mais fácil ser a esposa legítima do chefe do Estado que sua namorada", afirma a ex-primeira dama em um trecho da entrevista antecipado pela imprensa francesa.

A entrevista completa será publicada nesta quinta-feira e nela se poderá ler também que Carla Bruni considera que a situação de Trierweiler é "um pouco dúbia e que a dúvida não é aconselhável nessa situação".

"A Presidência da República é um lugar oficial que envolve situações oficiais. Pode ser que me equivoque e que sua escolha seja moderna, mas pessoalmente senti que a inquietação geral que havia em relação a mim se acalmou quando me casei com Nicolas", declara.

A cantora parou temporariamente sua carreira musical para concentrar-se nos trabalhos que lhe chegaram com seu anterior status e, desde essa perspectiva, expressa suas dúvidas sobre a possibilidade de Trierweiler manter durante o mandato de Hollande seu trabalho como jornalista.

"É complexo e difícil: Para seus companheiros e para ela diante de seus companheiros. Porque o jornalismo, embora seja cultural, está obrigado a ser um contraponto ao poder. Me parece que é inclusive uma de seus missões", acrescenta.


No entanto, Carla Bruni evita criticar os passos em falso dados por Trierweiler neste semestre e que provocaram que, segundo uma pesquisa divulgada neste mês, dois de cada três franceses assegurem não ter uma boa opinião sobre ela.

"Acho que simplesmente não estava consciente da diferença entre o antes e o depois, e é normal. Além disso, é jornalista e seu trabalho consiste em dar sua opinião sobre as coisas. Agora já entendeu bem onde se encontra. Quem não cometeu erros na vida?", pergunta.

No trecho divulgado no site da revista, Bruni justifica sua reaparição alegando que necessita expressar-se "para fechar um capítulo" de sua vida e para desmentir informações falsas publicadas sobre ela.

"Até agora minha posição não me permitia falar com liberdade. Hoje posso fazer isso", diz a cantora à "Elle", onde confessa que lhe magoaram os ataques pessoais que recebeu, especialmente os referentes à sua aparência.

"Após uma gravidez, a pessoa fica cansada, principalmente aos 43 anos. Não esperava clemência, mas também não essa crueldade. Foi um período difícil", reconhece Bruni, acrescentando que, embora quisesse apoiar Sarkozy na campanha eleitoral, ao mesmo tempo não tinha vontade de sair e ser fotografada.

O esgotamento chegou a um limite, explica, que lhe dava vontade de chorar de cansaço: "Estava frágil. Só estava contente com minha família e o contraste entre a tranquilidade da vida em casa com o bebê e a brutalidade do mundo exterior foi violento".

Superado esse período, a cantora antecipa que seu próximo disco sairá apenas no ano que vem e aposta que Sarkozy não voltará a candidatar-se à presidência.

"Me parece improvável, embora não seja uma especialista nos movimentos da vida política. Ele decidirá, os franceses decidirão", conclui. 

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