Mesas onde cardeais sentarão para eleição no novo papa é vista na Capela Sistina: na Capela Paulina começou uma procissão que atravessou a Sala Régia para chegar até a contígua Sistin. (Stefano Rellandini / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2013 às 13h17.
Cidade do Vaticano - Já estão na Capela Sistina nesta terça-feira os 115 cardeais que vão se reunir a portas fechadas no conclave que vai decidir quem será o sucessor de Bento XVI e 266º papa da história da Igreja Católica.
Os cardeais entraram na Capela Sistina às 16h30 locais (12h30 de Brasília), depois de se reunirem brevemente na Capela Paulina para uma oração inicial, após a qual o cardeal que preside o rito, o cardeal Giovanni Battista Re, lhes lembrou em latim, língua na qual o ritual se desenvolve, que estão lá para escolher o sumo pontífice.
Na Capela Paulina começou uma procissão que atravessou a Sala Régia para chegar até a contígua Sistina.
Uma cruz abriu a procissão, seguida pela Capela Musical Pontifícia, alguns prelados, os cerimonialistas, o secretário do Colégio Cardinalício, Lorenzo Baldisseri; o vice-camerlengo, Pier Luigi Celata, e o cardeal maltês Prosper Grech, encarregado de pronunciar a última meditação antes do voto, e o Mestre das Celebrações Pontifícias, Guido Marini.
Em ordem inversa de precedência entre os cardeais, caminharam primeiro os da ordem dos diáconos, seguidos por presbíteros e bispos.
A procissão foi fechada por Giovanni Battista Re, que é o cardeal da ordem dos bispos mais antigo, pelo fato de tanto o decano do Colégio Cardinalício como o vice-decano - Angelo Sodano e Roger Etchegaray, respectivamente - não poderem entrar no conclave por terem mais de 80 anos. A legislação vaticana impede os cardeais octogenários de votar, mas permite que sejam escolhidos.
Todos entraram recitando as litanias na Capela Sistina, que continua sendo o tradicional local onde, sob o afresco do "Juízo Final" de Miquelângelo, será eleito o sucessor de Bento XVI como papa.