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Caravana de imigrantes no México retoma marcha para os EUA

Caravana, seguida por mais duas com cerca de 2.000 pessoas cada, está determinada a chegar aos EUA mesmo após os avisos de Trump

Imigração: caravana da América Central que pretende chegar aos EUA concordou em retomar a marcha a pé para o norte (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Imigração: caravana da América Central que pretende chegar aos EUA concordou em retomar a marcha a pé para o norte (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 10h37.

Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 10h38.

A caravana gigante de imigrantes da América Central que pretende chegar aos Estados Unidos concordou na noite de quinta-feira (8) em retomar a marcha a pé para o norte depois de passar quase uma semana na Cidade do México à espera de conseguir ônibus para o transporte.

Em uma assembleia realizada em um centro esportivo na capital mexicana, onde o gabinete do prefeito montou um abrigo, os participantes - a maioria homens - votaram para viajar para o estado central de Querétaro, na fronteira com os Estados Unidos.

Segundo a prefeitura, no abrigo estão mais de 5.500 imigrantes, em sua maioria hondurenhos, que saíram de seu país em 13 de outubro e que já percorreram mais de 1.500 km, grande parte a pé.

Alguns se manifestaram na quinta-feira ante o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Cidade do México para exigir que obtivessem para eles 150 ônibus, mas a demanda ficou sem resposta.

Os migrantes subiram em veículos, principalmente de carga, em alguns trechos de sua jornada. Depois que um hondurenho morreu ao cair de um dos caminhões no estado de Chiapas, porém, a Polícia Federal que acompanha a caravana resolveu impedir que viajassem nessas condições perigosas.

Na assembleia, também se discutiu a rota que deve ser tomada. A escolhida foi a rota para a fronteira de Tijuana, a 2.800 km da Cidade do México, no extremo noroeste do país. É o caminho mais longo, porém o mais seguro.

Os migrantes que viajam nesta caravana, seguida por mais duas com cerca de 2.000 pessoas cada, estão determinados a chegar aos Estados Unidos, apesar dos avisos do presidente Donald Trump de que serão impedidos de entrar.

Cerca de 4.800 militares americanos foram posicionados na fronteira com o México.

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