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Capriles denuncia proibição de sair da Venezuela

A proibição está vinculada à decisão das autoridades de paralisar o processo de recolhimento de assinaturas para o referendo

Henrique Capriles: segundo o CNE, a justiça emitiu tal decisão diante de crimes (AFP/ Juan Barreto)

Henrique Capriles: segundo o CNE, a justiça emitiu tal decisão diante de crimes (AFP/ Juan Barreto)

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AFP

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 11h31.

O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta quinta-feira que a Justiça proibiu a sua saída e a de outros líderes opositores da Venezuela, após o poder eleitoral suspender o processo de referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.

"Decretaram a proibição de nossa saída do país! Perdem mais uma vez seu tempo!" - escreveu Capriles no Twitter ao lado de uma foto do decreto judicial.

"Atentos aos anúncios" nas próximas horas, declarou Capriles sobre as ações que serão convocadas pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Segundo Capriles, entre os afetados pela proibição de abandonar o país estão o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba, Ramón José Medina, José Cartaya, Oscar Barreto, Ricardo Sucre, Luis Aparicio e Arnoldo Gabaldón.

A proibição está vinculada à decisão das autoridades de paralisar o processo de recolhimento de assinaturas para o referendo, sob a alegação de que houve fraude na primeira etapa.

Segundo o CNE, a justiça emitiu tal decisão diante "dos crimes de fraude junto à funcionário público, falsidade ideológica e fornecimento de informações falsas ao poder eleitoral" durante o recolhimento do 1% de firmas, primeira etapa para ativar o referendo.

A decisão judicial "têm como consequência a paralisação, até nova ordem, do processo de coleta de 20% das manifestações de vontade (...) na qual o Conselho Nacional Eleitoral estava trabalhando após concluída a primeira etapa da solicitação feita pelo partido MUD, em abril passado", destacou o CNE.

Após o anúncio da decisão do CNE, Torrealba reagiu afirmando que "a alternativa de luta prevista para este cenário" estava sendo "analisada e acertada entre todos os setores".

"Daremos a resposta a esta armadilha em todo o país, a Venezuela que quer a mudança e a paz, e será uma resposta contundente e serena", assinalou Torrealba.

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