Capitólio dos Estados Unidos, em Washington (EUA) (AFP/Reprodução)
Agência de Notícias
Publicado em 23 de julho de 2024 às 17h11.
Última atualização em 23 de julho de 2024 às 17h25.
Vários dos edifícios adjacentes ao Capitólio dos Estados Unidos permanecerão fechados ao público na quarta-feira, dia do pronunciamento do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto a segurança na área será reforçada devido a possíveis protestos de manifestantes contra a guerra na Faixa de Gaza.
O Centro de Visitantes do Capitólio e a Biblioteca do Congresso estarão fechados aos turistas, assim como o Jardim Botânico dos Estados Unidos.
Por sua vez, a Polícia do Capitólio, responsável pela segurança na área, confirmou à Agência EFE que pretende aumentar seu efetivo porque se espera que haja um grande número de manifestantes.
“Desde que fomos notificados da visita do primeiro-ministro, temos trabalhado 24 horas por dia com os nossos parceiros federais, estaduais e locais para garantir que estamos preparados. Por razões de segurança, nunca fornecemos detalhes específicos, mas em geral podemos dizer que nosso plano inclui adicionar mais oficiais", declarou a Polícia do Capitólio.
Netanyahu chegou ontem a Washington para se reunir com funcionários de alto escalão do governo americano e com o presidente Joe Biden, em uma visita que visa avançar em uma trégua com o Hamas, mas que acontece em um momento de turbulência interna nos Estados Unidos.
A visita começou ontem à noite com um encontro com representantes das famílias dos reféns americanos e também com familiares que viajaram com o primeiro-ministro israelense.
Segundo o jornal The Times of Israel, está previsto para hoje um evento de Netanyahu com líderes da comunidade cristã evangélica dos Estados Unidos e outro com líderes da comunidade judaica local.
Amanhã, quarta-feira, o primeiro-ministro israelense fará um discurso – pela quarta vez – perante o Congresso americano, enquanto no dia seguinte se reunirá com Biden no Salão Oval da Casa Branca.
A reunião entre Biden e Netanyahu deverá centrar-se nas negociações para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que está sendo mediado por Estados Unidos, Catar e Egito para permitir a libertação dos 116 reféns israelenses que ainda estão em Gaza – dos quais 42 estariam mortos – e a entrada de mais ajuda humanitária no enclave devastado.
Embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro e fornecedor de armas de Israel, as relações bilaterais não estão no seu melhor momento devido à condução da guerra contra o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
Biden censura Netanyahu pela dureza da sua ofensiva militar em Gaza, onde já há mais de 39 mil mortos, 90 mil feridos e 1,9 milhão de deslocados.