Resgate de passageiros: lista oficial de passageiros chegava a 478 pessoas, mas, além disso, foram identificados três viajantes clandestinos (Yara Nardi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 07h49.
Roma - O capitão do 'Norman Atlantic', o ferry italiano incendiado no domingo entre Grécia e Itália que culminou na morte de pelo menos 11 pessoas, foi interrogado e acusado por naufrágio e homicídio culposo.
Argilio Giacomazzi, cujo comportamento no incidente foi considerado exemplar por veículos da imprensa italiana e que abandonou a embarcação apenas quanto aparentemente toda a tripulação e passageiros já haviam sido evacuados, foi interrogado durante cinco horas na noite de terça-feira.
Segundo a imprensa italiana, Giacomazzi foi interrogado depois da chegada a bordo do 'San Giorgio', embarcação da Marinha italiana no qual mais de 200 sobreviventes foram levados a Brindisi pela noite.
As autoridades italianas comunicaram na terça-feira que o número de mortos do ferry é 11, mas a incerteza em relação ao número real de pessoas desaparecidas continua.
Segundo os dados dados da promotoria de Bari, a lista oficial de passageiros chegava a 478 pessoas, mas, além disso, foram identificados três viajantes clandestinos - dois afegãos e um sírio - e a embarcação registrava a falta de lugares para 18 pessoas.
O número de viajantes chegaria então a 499 pessoas, das quais, segundo a Marinha, foram 427 foram resgatadas e 11 perderam a vida. A promotoria informou que não tem notícias de 179 pessoas, mas alertou que elas podem ter sido transferidas ou ainda não chegaram ao porto.
Está prevista para esta quarta-feira a chegada do 'Norman Atlantic' ao porto de Brindisi. O ferry é rebocado pela embarcação 'Marietta Barretta', embora as condições meteorológicas na região impeçam as operações.
Ainda não foi divulgado se foram achados mais corpos de pessoas que pudessem ser encontradas no interior do ferry.