THERESA MAY: primeira-ministra do Reino Unido continua no cargo / | Matt Dunham | Reuters (Matt Dunham/Reuters)
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Publicado em 24 de março de 2019 às 11h59.
Última atualização em 24 de março de 2019 às 11h59.
Londres - A saída do Reino Unido da União Europeia está em uma situação caótica no domingo enquanto a primeira-ministra Theresa May enfrenta uma possível trama de ministros para derrubá-la, e o Parlamento se prepara para assumir o controle do Brexit no lugar do governo.
Em uma das mais importantes conjunturas do país desde Segunda Guerra Mundial, a política britânica passa por um momento crítico. Quase três anos após o referendo de 2016, ainda não está claro como, quando ou se o Brexit acontecerá.
Com May humilhada e enfraquecida, ministros insistem que ela e o governo britânico ainda comandam o país, e que a melhor opção ainda é que o Parlamento ratifique sua proposta de acordo para o Brexit duas vezes derrotada no Parlamento.
Enquanto centenas de milhares de pessoas protestaram no centro de Londres no sábado, exigindo um novo plebiscito para o Brexit, May foi considerada o alvo do que o Sunday Times chamou de um "golpe" por parte dos altos ministros, que pretenderiam derrubá-la.
O jornal citou 11 ministros, sem identificá-los, que disseram concordar que a primeira-ministra deveria se afastar, advertindo que ela se tornou uma figura tóxica e errática cujo julgamento "deu errado".
Quando questionado pela Sky sobre a reportagem do The Sunday Times e de outros jornais sobre uma possível trama e se a líder estaria fora do caminho, o ministro das Finanças, Philip Hammond, disse: "Não. Eu não acho que seja o caso em absoluto. Trocar a primeira-ministra não nos ajudaria", disse Hammond.
"Falar em mudar os jogadores no tabuleiro, francamente, é autocomplacente neste momento". Hammond disse que o melhor caminho a seguir seria o Parlamento apoiar o acordo proposto por May, embora ele admita que não deverá ser aprovado, e que, neste caso, o Parlamento deveria tentar encontrar uma maneira de acabar com o impasse.
"Eu sou realista que podemos não ser capazes de obter uma maioria para o acordo (para o Brexit) da primeira-ministra e se for esse o caso, então o Parlamento terá que decidir não apenas sobre o que é contra, mas sobre o que é a favor", ele afirmou.