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Candidato oferece a "França" para cientistas e inovadores dos EUA

Ele quer atrair cientistas que trabalham com mudanças climáticas e energias renováveis, e que estão preocupados com a situação política sob o governo Trump

Emmanuel Macron: Candidato de centro divide as primeiras posições com Marine Le Pen, da extrema-direita (Robert Pratta/Reuters)

Emmanuel Macron: Candidato de centro divide as primeiras posições com Marine Le Pen, da extrema-direita (Robert Pratta/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 18h25.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2017 às 18h31.

LYON - O candidato presidencial francês Emmanuel Macron pediu neste sábado que cientistas, acadêmicos e empresários norte-americanos desgostosos com a administração Donald Trump se mudem para a França.

Ex-ministro da Economia e um dos principais candidatos nas pesquisas, ele pediu que cientistas que trabalham com mudanças climáticas, energias renováveis e saúde, e que estão preocupados com a nova situação política, busquem uma nova vida do outro lado do Oceano Atlântico.

"Eu quero que todos aqueles que encarnam a inovação e a excelência nos Estados Unidos ouçam o que dizemos: de agora em diante, a partir de maio, vocês terão uma nova pátria, a França", disse.

Contas no Twitter que expõem preocupações de funcionários de mais de uma dúzia de agências do governo norte-americano foram lançadas em desafio ao que chamam de tentativas de Trump de prejudicar as pesquisas sobre mudanças climáticas e outras ciências.

Representando cientistas da Agência de Proteção Ambiental, a Nasa e outras agências, diretamente ou por meio de amigos e apoiadores, as contas protestam contra restrições ocorridas desde a posse de Trump, em 20 de janeiro, e que os funcionários classificam como censura.

Sem citar Trump em seu discurso de campanha na cidade de Lyon, Macron, ex-banqueiro de investimentos, disse que seu "pedido solene" foi feito para que "todos os pesquisadores, acadêmicos e empresas nos Estados Unidos que lutam contra o obscurantismo e que hoje estão com medo" se juntem à terra da inovação que ele deseja que a França se torne.

A campanha de Macron para o palácio do Eliseu ganhou impulso após um escândalo de pagamentos por trabalhos falsos envolvendo seu principal rival, o conservador François Fillon, e com a nomeação de um candidato de extrema-esquerda para representar o Partido Socialista, que está no poder.

O político de 39 anos é visto como favorito para chegar ao segundo turno, em maio, contra a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. Ele tem uma vantagem confortável sobre ela no desempate, de acordo com pesquisas de opinião publicadas nesta semana.

Macron também realizou uma crítica velada à proposta de Trump de construir um muro na fronteira com o México, comparando-o com à francesa Linha Maginot, que em 1940 falhou em manter os nazistas fora da França.

"Eu não quero construir um muro. Eu posso lhes assegurar que não há muros em meu programa de governo", disse o candidato a cerca de 8.000 partidários. "Vocês se lembram da Linha Maginot?".

(Reportagem de Michel Rose, Emmanuel Jarry e Catherine Lagrange)

 

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