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Candidato israelense pede que EUA voltem ao Oriente Médio

Candidato às eleições presidenciais israelenses, Binyamin Ben-Eliezer pediu aos EUA que retornem para a região antes que seja demais tarde


	Bandeira de Israel: "nenhum país da região pode viver sem o amparo de uma superpotência", disse Ben-Eliezer
 (David Silverman/Getty Images)

Bandeira de Israel: "nenhum país da região pode viver sem o amparo de uma superpotência", disse Ben-Eliezer (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 13h28.

Jerusalém - O candidato trabalhista às eleições presidenciais israelenses, Binyamin Ben-Eliezer, pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que "retornem para a região" antes que seja demais tarde, pois a situação local é "sensível demais".

"Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Jordânia, Turquia... E nós mesmos. Nenhum país da região pode viver sem o amparo de uma superpotência", disse hoje Ben-Eliezer em um encontro com um grupo de jornalistas estrangeiros, dias após anunciar sua candidatura às eleições presidenciais de Israel.

"Não se pode nos deixar sós, os Estados Unidos devem retornar para garantir também seus interesses estratégicos", afirmou Ben-Eliezer, que há dois anos não economizou em críticas ao presidente americano, Barack Obama, por ter retirado seu apoio ao então ainda presidente egípcio Hosni Mubarak.

Ben-Eliezer classificou o Egito como "o país mais importante da região" e instou Washington a dar todo seu apoio ao general Abdul Fatah al Sisi para estabilizar a região e fazer frente à "verdadeira ameaça", que na sua opinião é um Irã nuclear.

"Se todos esses países sentem que os Estados não os apoiam buscarão outra superpotência e não creio que seja tarde demais", disse candidato, que manteve uma estreita relação com o ditador egípcio, deposto em janeiro de 2011.

Nascido na cidade iraquiana de Basra, em 1936, Ben-Elizer emigrou a pé para Israel em 1950. Seu nome é um dos mais fortes nas eleições que serão realizadas dentro de dois meses para substituir como chefe do Estado de Israel o nonagenário Shimon Peres.

"Peres conseguiu levar a instituição presidencial ao lugar que merece. Só ele podia", afirmou, referindo-se aos escândalos que levaram à retirada forçada de seus dois antecessores, Ezer Weizman e Moshé Katsav, este último por um delito de estupro.

O chefe do Estado israelense só tem atribuições protocolares e é eleito pelos 120 membros do Parlamento (Knesset) a cada sete anos.

Por enquanto, nenhum outro candidato foi apresentado oficialmente -embora algumas figuras revelaram sua intenção de postular o cargo- e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, nem sequer anunciou que será o seu candidato.

"Tenho a fundamentada impressão que ser da oposição não será um obstáculo em meu caso. Os apoios com os quais conto vem de todos os partidos. Claro que não me apresento para perder", afirmou.

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