Policiais fazem patrulha durante as eleições gerais em Santa Cruz Xoxocotlán, estado de Oaxaca, México (PATRICIA CASTELLANOS/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 3 de junho de 2024 às 17h22.
Última atualização em 3 de junho de 2024 às 17h32.
Um candidato a prefeito do estado de Oaxaca, no sul do México, foi assassinado na noite de domingo após o fechamento das cabines de votação para as eleições gerais realizadas pelo país latino-americano, informou o governo local nesta segunda-feira. Crimes de fações e grupos políticos fizeram da eleição deste ano a mais letal da história do país, com quase 30 assassinatos.
Yonis Baños, candidato do centrista Partido Revolucionário Institucional (PRI) à prefeitura de Santo Domingo Armenta, foi morto em sua casa pouco antes da meia-noite, detalhou Jesús Romero, secretário de governo de Oaxaca, em entrevista coletiva.
A autoridade afirmou que o crime ocorreu "fora do contexto do dia da eleição", quando as seções eleitorais já haviam fechado e os votos já haviam sido contados, por volta das 23h30 locais (2h30 de segunda-feira em Brasília).
"Uma pessoa entrou em sua casa, está sendo determinado se era alguém que ele conhecia, se era alguém com quem ele tinha algum tipo de relacionamento", disse Romero, segundo o qual o candidato que foi morto não havia solicitado nenhuma medida protetiva das autoridades estaduais ou federais para garantir sua segurança. "Se soubéssemos que ele estava em risco ou em alguma outra situação, ele teria recebido proteção."
Os líderes do PRI em Oaxaca se disseram "consternados" com o assassinato de Baños e ressaltaram que o crime não afeta apenas sua família e amigos, mas também a sociedade.
"Condenamos veementemente esse ato covarde e sem sentido", acrescentou o partido em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
No domingo, duas pessoas foram mortas no estado central de Puebla em dois incidentes armados em seções eleitorais, enquanto um candidato a um órgão de vigilância municipal no estado ocidental de Michoacan foi assassinado na noite de sábado, na véspera das eleições.
Antes do dia de votação, cerca de 26 candidatos a cargos públicos haviam sido assassinados desde o início do processo eleitoral em setembro. A ONG Data Cívica registrou cerca de 30 crimes.
O México realizou eleições gerais no domingo, onde a esquerdista Claudia Sheinbaum foi eleita por uma maioria esmagadora como a primeira mulher presidente na história do país.