Deb Haaland: democrata do Novo México foi eleita para a Câmara de Representantes dos Estados Unidos (Brian Snyder/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de novembro de 2018 às 07h50.
Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 09h37.
Phoenix - As candidatas democratas Deb Haaland, do Novo México, e Sharice Davids, do Kansas, fizeram história nesta terça-feira ao se transformarem nas primeiras mulheres indígenas a serem eleitas para a Câmara de Representantes dos Estados Unidos, segundo dados provisórios.
Haaland ganhou no tradicionalmente democrata Distrito 1 da sua oponente republicana, Janice Arnold-Jones, com 59% dos votos, contra 36% da candidata conservadora, no momento em que 87% dos sufrágios foram apurados.
A este histórico triunfo se soma o de Davids, que foi eleita com 53% dos votos, contra 44% de seu oponente republicano, Kevin Yode, com 100% dos votos contabilizados.
Davids fez história hoje de distintas maneiras. Primeiro ao deixar no caminho pela luta do Terceiro Distrito do Kansas o veterano Yoder, que tinha completado quatro mandatos no Congresso.
Davids, ex-lutadora de MMA e advogada, é a primeira mulher nativa americana e a primeira lésbica eleita para o Congresso.
Por sua parte, Haaland, que dirigiu o Partido Democrata do Novo México de 2015 a 2017 e foi diretora de voto de nativos americanos na campanha presidencial de Barack Obama em 2012, ocupará a vaga deixada pela também democrata Michelle Lujan Grisham, que foi eleita hoje governadora do Novo México.
Mais de 10.000 pessoas serviram na Câmara de Representantes e quase 1.300 no Senado federal na história dos EUA, e nenhum deles foi uma mulher indígena.
Agora, estas duas mulheres se unirão aos outros dois nativos americanos que atualmente trabalham na Câmara de Representantes: os republicanos Markwayne Mullin e Tom Cole, ambos de Oklahoma, que foram reeleitos hoje, segundo dados provisórios.