Chile foi às urnas neste domingo em uma das eleições mais disputadas desde o retorno à democracia (Agência Telam/Divulgação via Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2013 às 21h19.
Santiago – As candidatas à presidência do Chile, que disputarão o segundo turno no próximo dia 15 de dezembro, já iniciaram a campanha para buscar o apoio dos eleitores que não votaram no primeiro turno, realizado ontem (17).
Apenas 6,6 milhões, menos da metade dos 13,5 milhões de chilenos em idade de votar, compareceram às urnas. Foi a menor participação popular na escolha de um presidente desde 1989 – quando se deu a primeira eleição, depois do golpe militar de 1973.
Um dos motivos é que essa foi a primeira vez que o voto passou a ser opcional. Outra razão é a falta de interesse dos chilenos pela política, em um país que há anos tem mantido crescimento e estabilidade econômica. Mas muitos, como Liliana Gonzalez, não votaram porque acreditam que não existem políticos capazes de representá-los.
Mesmo quando o voto era obrigatório, o nível de abstenção era alto. As eleições de 2000 registraram o maior nível de participação: 7,1 milhões. Isso porque, no Chile, somente os que tinham título de eleitor eram obrigados a votar. Quem nunca se registrou passava desapercebido pelo sistema.
Para a candidata socialista Michelle Bachelet, a abstenção foi prejudicial, porque ela contava com uma alta participação para fazer o maior número possível de deputados federais e senadores. Somente assim poderia implementar as reformas que prometeu. Ela disputará o segundo turno com a candidata do governo Evelyn Matthei.