Obras de ampliação do Canal do Panamá: consórcio indicou que a inundação de cada eclusa pode levar de três a quatro meses (Rodrigo Arangua/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2015 às 17h33.
Cidade do Panamá - As autoridades do Canal do Panamá anunciaram nesta quinta-feira que trabalham para que a via ampliada inicie suas operações na primeira semana de abril do próximo ano.
"Até o momento estamos focados na primeira semana de abril", disse nesta quinta-feira o ministro de Assuntos do Canal, Roberto Roy, ao ser perguntado a respeito.
Roy acrescentou que a "data exata" da inauguração poderá ser fixada definitiva e exatamente em novembro, "uma vez que se tenham testados as tinas" das eclusas, que começaram a ser inundadas há algumas horas.
"Vai ser (uma inauguração) publica, vai vir muita gente de fora, os clientes que estivemos visitando. Eles têm que colocá-lo em suas agendas e temos que dar tempo suficiente para que possam programar-se", comentou Roy.
O processo de inundação das eclusas no setor Atlântico começou ontem à noite com a abertura de cinco válvulas, informou o Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), a cargo do projeto e liderado pela construtora espanhola Sacyr.
A autoridade do Canal do Panamá (ACP) permitiu nesta quinta-feira o acesso da imprensa ao setor Água Fria, na província de Colón, para observar o enchimento, processo durante o qual Roy fez as declarações.
O GUPC detalhou que serão necessários cinco milhões de metros cúbicos de água para encher as duas primeiras câmaras da eclusas que começaram a ser enchidas, em uma operação que terá uma duração aproximada de quatro dias.
O consórcio indicou que a inundação de cada eclusa pode levar de três a quatro meses, e que deve realizar este mesmo processo no setor Pacífico em breve.
Uma vez inundadas as eclusas, começarão os testes de funcionamento dos mecanismos de enchimento e esvaziamento e com as provas de passagem de navios.
A dilatação da via interoceânica, que permitirá a passagem de navios com até 12.000 contêineres, o triplo do atual, começou em 2007 com um investimento global de US$ 5,25 bilhões.
Na atualidade, 6% do comércio mundial passa pela via interoceânica.