Agência de Notícias
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 14h30.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 14h36.
O Canadá, que ocupa a presidência do G7 desde 1º de janeiro, se recusa a permitir que a Rússia volte a fazer parte do grupo, informou nesta terça-feira, 18, a ministra das Relações Exteriores canadense, Mélanie Joly.
Em entrevista coletiva concedida em Bruxelas, onde ela está encerrando uma visita oficial a Paris e Munique na terça-feira, Joly disse que tem conversado com países europeus para manter o apoio à Ucrânia, mesmo que os Estados Unidos decidam retirar sua assistência a Kiev.
"Eu me reuni com muitos colegas europeus e dissemos que queremos participar das conversas com relação a garantias de segurança, maior envolvimento na proteção da Ucrânia e o futuro da relação euro-atlântica", explicou.
"Não podemos deixar a Rússia sem controle. E é por isso que eu disse à proposta de ter a Rússia no G7: de jeito nenhum", acrescentou.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou a reentrada da Rússia no G7, grupo do qual foi expulsa em março de 2014, durante a presidência de Barack Obama, devido à anexação do território ucraniano da Crimeia por Moscou.
Joly também afirmou que muitos países europeus "não estão totalmente cientes do que está acontecendo nos EUA e no Canadá", referindo-se às ameaças de tarifas e anexação emitidas por Trump.
"Foi necessário que eu viajasse para a Europa para dizer a eles exatamente o que está acontecendo e para garantir que coordenaremos qualquer forma de resposta às tarifas", acrescentou.
A ministra das Relações Exteriores do Canadá também revelou que não teve nenhuma conversa com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre as ameaças de anexação de Trump.
"O que eu disse a alguns senadores da delegação dos EUA quando eles estavam fazendo piadas (sobre anexação) é que isso não é engraçado, é uma questão de respeito pelo nosso país, nossos líderes e nosso povo", argumentou.