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Canadá quer voltar ao Conselho de Segurança da ONU em 2021

Desde a fundação da ONU, o Canadá foi um dos membros não-permanentes do Conselho com mais presença neste órgão


	Canadá: desde a fundação da ONU, o Canadá foi um dos membros não-permanentes do Conselho com mais presença neste órgão
 (REUTERS)

Canadá: desde a fundação da ONU, o Canadá foi um dos membros não-permanentes do Conselho com mais presença neste órgão (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 13h01.

Canadá - O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta quarta-feira que seu país buscará um posto no Conselho de Segurança da ONU para o biênio 2021-2022.

"O Canadá está pronta para mais uma vez ter um assento no Conselho de Segurança", disse Trudeau na sede das Nações Unidas, onde deixou claro seu compromisso de trabalhar com a organização.

Desde a fundação da ONU, o Canadá foi um dos membros não-permanentes do Conselho com mais presença neste órgão, no qual se sentou uma vez por década até 2000.

Em 2010, a administração canadense sofreu uma derrota histórica ao perder pela primeira vez uma votação para ocupar um posto rotatório, fracasso que muitos analistas atribuíram às políticas do então primeiro-ministro, o conservador Stephen Harper, que alinharam muitos países em desenvolvimento e aliados tradicionais.

O Conselho de Segurança conta com 15 postos, cinco de membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China) e 10 escolhidos periodicamente entre os membros da Assembleia Geral.

A iniciativa de Trudeau para buscar um assento no Conselho de Segurança é parte de sua ofensiva diplomática para reestabelecer as relações com destacados parceiros e organismos internacionais.

"Com um compromisso renovado com a paz e a segurança internacional, agora é o momento para nosso retorno", disse hoje o primeiro-ministro canadense em entrevista coletiva.

Trudeau antecipou ainda que tem intenção de aumentar a participação canadense nas operações de paz da ONU, para o que já está conversando com a organização.

Nesse sentido, ressaltou que, dada a pequena população do país, 33 milhões de habitantes, não poderá fazer diferença com "números", mas com a qualidade de sua participação.

Nesse sentido, deu como exemplo a boa avaliação do bilingüismo dos oficiais e especialistas canadenses em missões internacionais.

Na sua visita às Nações Unidas, que se seguiu a sua viagem a Washington, onde se encontrou com o presidente americano, Barack Obama, Trudeau deve se reunir com o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.

Também participará hoje de um debate sobre a importância de garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens, parte da sessão anual da Comissão sobre a Condição da Mulher nas Nações Unidas.

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