Harper: premiê Harper lembrou que Obama solicitou participação do país na campanha aérea (Cole Burston/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2014 às 18h09.
Toronto (Canadá) - O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse nesta terça-feira que decidirá nos próximos dias se aviões de combate canadenses participarão dos bombardeios contra forças do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
Harper afirmou na câmara baixa do parlamento canadense que está considerando a participação de aviões CF-18 Hornet nos ataques que vários países ocidentais e árabes estão realizando contra o EI.
O primeiro-ministro canadense acrescentou que a campanha pretende deter "o estabelecimento de um califado islâmico que está degolando crianças, vendendo mulheres como escravas, cometendo genocídio contra minorias e que está planejando ataques à segurança deste país".
"Não é aceitável. O governo atuará e fará isso com seus aliados para assegurar-se que suas capacidades são degradadas para que não ameacem este país", acrescentou Harper.
O primeiro-ministro realizou hoje uma reunião com seu gabinete ministerial e o chefe do Estado-Maior do exército canadense, o general Tom Lawson, para estudar a participação do Canadá nos ataques contra o Estado Islâmico.
Harper lembrou hoje que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou por carta ao Canadá sua participação na campanha aérea contra o EI, mas se negou a divulgar o conteúdo do documento.
Harper também não quis comentar se os 69 membros de suas forças especiais que estão operando no norte do Iraque para assessorar às forças locais em sua luta contra EI estão também participando de ataques contra o grupo.
No passado, Harper tinha assinalado que os soldados canadenses não estavam realizando missões de combate, algo que precisaria ser aprovado pelo parlamento canadense.
Antes da reunião do gabinete ministerial, o ministro das Relações Exteriores do Canadá, John Baird, declarou à imprensa que a força aérea canadense tem experiência em recentes missões similares na Líbia e no Afeganistão e que a luta contra o terrorismo "não tem solução fácil".