Campo de Tupi foi rebatizado com o nome Lula em 2010 (Divulgação/EXAME)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 14h21.
Rio de Janeiro - O campo de Lula (ex-Tupi) deverá chegar até o final de 2011 produzindo 75 mil barris por dia, disse hoje o presidente da BG (sócia do consórcio), Nelson Silva, em palestra durante o Rio Gas Forum. Ele afirmou que a meta é ter pelo menos mais dois poços produtores atuando até o final do ano na área, além do único que está produzindo hoje. A concessão da área de Lula está sob comando da Petrobras, em parceria com a BG e a Galp, no pré-sal da área de Santos (SP).
O segundo poço, disse Silva, deve entrar em operação ainda no primeiro semestre. Já o terceiro poço começaria a operar ao longo do segundo semestre. "É uma meta desafiadora", disse o presidente da BG. Segundo ele, a intenção do consórcio é instalar nas áreas dos blocos BM-S-9 (Carioca e Guará), BM-S-10 (Parati) e BM-S-11 (Lula, Cernambi e Tupi Nordeste) um total de 13 navios para armazenamento e transferência de petróleo e gás (FPSO, na sigla em inglês) para compor dez módulos de produção. A ideia é ter na região cerca de 200 poços, entre produtores e injetores.
O consórcio trabalha agora para tentar reduzir os prazos de perfuração dos poços no pré-sal. Atualmente, um poço na nova fronteira leva de 150 a 200 dias para ser perfurado. "Esses poços ainda estão em um patamar elevado de custo", disse o executivo. De acordo com ele, a BG tem meta de produzir 550 mil barris por dia no Brasil em 2020.
Nelson Silva negou qualquer divergência na sociedade com a Petrobras em relação ao volume de reservas diferenciados para a mesma área, que ambas as companhias vem apresentando. "O piloto de Lula vem trazendo excelentes resultados e nos dando condições técnicas de cada vez entender melhor aquela geologia", disse. Silva também afirmou que a companhia está negociando sua parte de óleo e de gás diretamente com a Petrobras e não quis fazer projeções sobre quando poderia iniciar exportações independentes.