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Campanha por plano climático de Biden avança nos EUA

A campanha inclui anúncios na internet e textos de colunistas na imprensa em estados politicamente cruciais, telefonemas e reuniões com representantes do Senado

Joe Biden: o objetivo é “incentivar o presidente Biden a cumprir sua promessa de tomar medidas ousadas contra as mudanças climáticas, reduzindo a poluição por carbono pela metade até 2030” (Bloomberg/Getty Images)

Joe Biden: o objetivo é “incentivar o presidente Biden a cumprir sua promessa de tomar medidas ousadas contra as mudanças climáticas, reduzindo a poluição por carbono pela metade até 2030” (Bloomberg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 13h53.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2022 às 14h03.

Por Ari Natter, da Bloomberg

Uma coalizão de grupos ambientalistas e organizações alinhadas ao Partido Democrata dos Estados Unidos lançou uma campanha para que o Senado avance a tramitação de um plano do presidente Joe Biden que direcionaria centenas de bilhões de dólares para o combate às mudanças climáticas.

A campanha inclui anúncios na internet e textos de colunistas na imprensa em estados politicamente cruciais, telefonemas e reuniões com representantes do Senado, além de caravanas de bicicletas e carros elétricos.

O objetivo é “incentivar o presidente Biden a cumprir sua promessa de tomar medidas ousadas contra as mudanças climáticas, reduzindo a poluição por carbono pela metade até 2030”, disse Margie Alt, diretora-executiva da Climate Action Campaign. Também pretende “incentivar os principais senadores a pressionar seus colegas a agir rapidamente e aprovar o projeto de lei Build Back Better”.

A Climate Action Campaign inclui associações da sociedade civil como League of Conservation Voters, Earthjustice, Center for American Progress e Public Citizen. Os planejadores não divulgaram o custo da campanha, apenas que está na casa dos “seis dígitos”.

O grupo tenta entregar a Biden uma petição antes de seu discurso ao Congresso, que afirma: “O presidente Biden deve cumprir sua promessa de tomar medidas significativas em relação a clima, justiça e energia limpa. Ele deve fazer tudo o que puder para convencer o Senado a aprovar rapidamente a Lei Build Back Better e os investimentos em clima, justiça, empregos e energia limpa que oferece.”

Os democratas e a Casa Branca estão tentando promover uma nova versão do pacote Build Back Better (Reconstrua Melhor), com US$ 550 bilhões em gastos voltados para energia e clima, incluindo mais de US$ 300 bilhões em créditos tributários novos ou expandidos para energia eólica e solar, usinas nucleares, biocombustíveis e equipamentos de energia avançada.

A tramitação estacionou em meio a objeções ao pacote mais amplo por parte dos senadores democratas Joe Manchin e Kyrsten Sinema, que são votos indispensáveis em um Congresso com divisão equilibrada de assentos entre os partidos. Desde então, Biden destacou a parte climática do projeto de lei como mais propícia a um acordo.

Em uma campanha separada, mais de 100 empresas, grupos trabalhistas, organizações ambientais e outras entidades escreveram uma carta a líderes do Congresso pedindo que mantenham no projeto medidas tributárias referentes a energia limpa e à indústria, como por exemplo o crédito para captura de carbono.

“É essencial que a próxima iteração da legislação de reconciliação orçamentária mantenha os ganhos extraordinários obtidos na gestão de carbono e os incentivos mais amplos para energia limpa e indústria que estão no texto mais recente do Build Back Better”, afirmou a carta, assinada por empresas como a gigante do agronegócio Archer-Daniels-Midland e a siderúrgica ArcelorMittal.

A carta vem após uma iniciativa de quase 300 companhias do segmento de energia renovável, que já pediram a lideranças do Congresso que avancem a parte climática da proposta. A estimativa é que essas provisões vão mais que dobrar o investimento em energia limpa para US$ 750 bilhões nos próximos dez anos, ajudando os EUA na implantação de 750 gigawatts de energia eólica, solar e baterias até o final da década, afirmaram os signatários da carta, incluindo Avangrid, Dominion Energy, NextEra Energy, Orsted e Schneider Electric.

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