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Campanha eleitoral dos EUA registra gastos recorde de US$ 15,9 bilhões

Eleições americanas de 2024 superam todos os recordes de arrecadação e investimentos publicitários

Eleições nos EUA: campanha presidencial e congressual atinge gasto recorde (Steven St. John/AFP)

Eleições nos EUA: campanha presidencial e congressual atinge gasto recorde (Steven St. John/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 21h03.

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As eleições americanas de 2024 prometem ser as mais caras da história, com um gasto total que alcança US$ 15,9 bilhões (R$ 91,9 bilhões). Esse valor inclui todas as disputas políticas, desde a presidência até o Congresso, e ultrapassa os US$ 15,1 bilhões (R$ 87,3 bilhões) de 2020, mais que dobrando o valor de US$ 6,5 bilhões (R$ 37,5 bilhões) de 2016, segundo dados da OpenSecrets, organização sem fins lucrativos especializada em transparência financeira.

Na corrida pela Casa Branca, a vice-presidente democrata Kamala Harris é destaque na arrecadação, captando diretamente mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,78 bilhões). Do total, 40% dos valores vêm de pequenos doadores, e outros US$ 586 milhões (R$ 3,4 bilhões) foram aportados por comitês de ação política (PACs).

A campanha do republicano Donald Trump arrecadou US$ 382 milhões (R$ 2,2 bilhões) diretamente, com 28% das doações vindas de pequenos apoiadores. Além disso, os comitês republicanos destinaram cerca de US$ 694 milhões (R$ 4 bilhões) para Trump e aliados, mostrando uma forte base de apoio entre grandes doadores.

Principais doadores impulsionam campanhas

O destaque entre os grandes doadores republicanos vai para Timothy Mellon, que doou US$ 197 milhões (R$ 1,14 bilhão) para a campanha de Trump e outros comitês conservadores. Também apoiaram os republicanos Richard e Elizabeth Uihlein, da indústria de embalagens, a magnata dos cassinos Miriam Adelson, o CEO da Tesla e SpaceX Elon Musk e o investidor Kenneth Griffin, cada um doando mais de 100 milhões de dólares (R$ 578 milhões) para Trump e causas republicanas.

No lado democrata, o ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, foi o principal doador, contribuindo com aproximadamente 93 milhões de dólares (R$ 538 milhões), distribuídos em 43 milhões (R$ 248,7 milhões) no início e outros 50 milhões (R$ 289,2 milhões) posteriormente. George Soros também contribuiu para a campanha democrata, doando 56 milhões de dólares (R$ 323,9 milhões) através de seu comitê de ação política.

Investimentos em anúncios e publicidade digital

As campanhas investiram um total de 10,5 bilhões de dólares (R$ 60,7 bilhões) em anúncios, cobrindo desde a presidência até candidaturas locais, segundo a empresa de monitoramento AdImpact. Kamala Harris e Trump destinaram juntos cerca de 2,6 bilhões de dólares (R$ 15 bilhões) em anúncios, com os democratas aplicando 1,6 bilhão de dólares (R$ 9,25 bilhões) e os republicanos 993 milhões (R$ 5,74 bilhões).

Entre os estados-pêndulo, a Pensilvânia liderou os gastos com US$ 264 milhões (R$ 1,52 bilhão), seguida de Michigan com 151 milhões (R$ 873,3 milhões) e Geórgia com 137 milhões (R$ 792,4 milhões). No total, foram gastos US$ 1,2 bilhão (R$ 6,94 bilhões) na Pensilvânia em todas as disputas.

As plataformas digitais receberam 419 milhões de dólares (R$ 2,42 bilhões) em publicidade presidencial, representando 17% do total investido.

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