San Francisco: Movimento de separação do estado é chamado de Calexit (Chip Chipman/Bloomberg)
AFP
Publicado em 28 de janeiro de 2017 às 16h14.
Uma campanha que promove a secessão da Califórnia após a chegada de Donald Trump ao poder está ganhando força e seus apoiadores foram autorizados a recolher assinaturas visando um referendo.
O secretário de Estado da Califórnia, Alex Padilla, deu sinal verde na quinta-feira para que os militantes em prol da "Nação da Califórnia", movimento também chamado de Calexit, iniciem o recolhimento das quase 600 mil assinaturas necessárias para que a medida seja submetida à votação nas próximas eleições legislativas, de novembro de 2018.
Os militantes precisam das assinaturas de 8% dos eleitores inscritos na Califórnia - exatamente 585.407 - até o dia 25 de julho para ativar a consulta.
Fora dos Estados Unidos, a Califórnia seria a sexta economia do planeta.
Com uma eventual vitória do "sim", haveria uma modificação na Constituição do estado, que hoje prevê que "a Califórnia é parte inseparável dos Estados Unidos" e "a Constituição dos Estados Unidos é a lei suprema do país".
Um outro referendo, em 2019, decidiria ou não pela independência da Califórnia.
Padilla reconheceu que isto, altamente improvável, teria sérias repercussões sobre o Estado e enfrentaria vários obstáculos legais.
Os militantes do Calexit, cujo slogan de campanha é "Yes California", defendem a independência porque avaliam que o estado não está em sintonia com o restante do país e pode prosperar mais por conta própria.
A ideia de uma Califórnia independente se tornou mais atrativa para muitos após a chegada de Donald Trump à Casa Branca.