Hillary Clinton: campanha de Hillary admitiu em comunicado que os hackers acessaram seu sistema como parte do ataque ao DNC (Getty Images/Darren McCollester)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2016 às 23h29.
Washington - Os responsáveis pelo roubo de 20.000 e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos também hackearam a campanha presidencial da candidata do partido, Hillary Clinton.
A campanha de Hillary admitiu em comunicado que os hackers acessaram seu sistema como parte do ataque ao DNC, mas esclareceu que os técnicos em informática que trabalham para ela "não acharam provas" de que estes sistemas "tenham sido comprometidos".
Por sua parte, o FBI (polícia federal americana) divulgou um comunicado no qual informa que está investigando o "hackeamento de múltiplas entidades políticas", mas não precisou as vítimas desses ataques informáticos.
"O FBI leva a sério qualquer denúncia de intrusão, e vamos pedir esclarecimentos àqueles que representam uma ameaça para o ciberespaço", acrescentou essa instituição, que também investiga se a Rússia está por trás destes ataques.
Os ataques informáticos contra o DNC foram divulgados na semana passada, quando o Wikileaks publicou 20.000 e-mails que puseram em evidência o tratamento favorável dado pela cúpula democrata a Hillary frente ao senador Bernie Sanders durante as primárias.
Esse vazamento provocou a renúncia da presidente do DNC, a também congressista Debbie Wasserman Schultz.
Enquanto os democratas se recuperavam das feridas causadas pelo vazamento, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, advertiu que sua organização se encontra em posse de "muito mais material" relacionado com a campanha presidencial dos EUA.
A cúpula democrata sustenta que a Rússia está por trás do vazamento que teria como objetivo prejudicar Hillary na disputa contra o republicano Donald Trump, uma teoria insinuada pelo próprio presidente americano, Barack Obama, e em cima da qual o FBI trabalha.
A Rússia, por sua parte, tachou de "absurdas" as acusações e alertou que prejudicam as "relações bilaterais".