Chefe de governo da Escócia, Alex Salmond: enquetes apontam vitória do "não" (Andy Buchanan/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2014 às 10h52.
Edimburgo - O primeiro-ministro regional da Escócia, Alex Salmond, acusou nesta segunda-feira de "alarmista" a campanha de David Cameron contra a independência do território que faz parte do Reino Unido e criticou aqueles que alertam para o custo financeiro de uma possível separação.
Segundo o dirigente, esta é uma "oportunidade única" de se votar a favor da separação escocesa.
O premiê continua com a campanha pelo "sim" a três dias da votação.
"O que estamos demonstrando hoje com o apoio dos mais influentes empresários da Escócia é que há grupos no mundo empresarial escocês que veem oportunidades caso o país se torne independente, como por exemplo criar uma economia próspera e também uma sociedade justa", disse o líder nacionalista.
"Na próxima quinta-feira é o dia de afirmar que temos o governo pelo qual votamos e não o que nos foi imposto pelos governantes conservadores", acrescentou.
Ao referir-se à polêmica sobre a decisão de vários bancos locais de transferir seus negócios da Escócia para o Reino Unido, o primeiro-ministro assegurou que foi o departamento do Tesouro britânico quem comunicou a imprensa sobre os planos do Royal Bank of Scotland (RBS) e de outras instituições.
Cameron também estará presente nesta segunda-feira na Escócia para fazer campanha contra a independência, em um momento em que algumas pesquisam apontam um resultado muito equilibrado.
Na última quarta-feira, Cameron suspendeu seu comparecimento semanal na Câmara dos Comuns para viajar à Escócia, após uma pesquisa publicar pela primeira vez a possível vitória a favor da separação escocesa.
A campanha contra a independência, apoiada pelos principais partidos britânicos, adverte para as consequências negativas da separação e insiste que a Escócia não poderá permanecer com a libra esterlina, como deseja Alex Salmond.
Enquetes publicadas durante o fim de semana apontam uma vitória do "não" no plebiscito.
Nesta quinta-feira, os cidadãos maiores de 16 anos que vivem na Escócia terão que responder se querem ou não uma Escócia independente.