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Campanha contra EI não se tornará outra invasão, diz Obama

Atualmente, cerca de 3.500 militares americanos já estão em missão no Iraque, a maioria dedicados a dar assessoria e treinamento às forças locais


	Presidente dos EUA, Barack Obama: atualmente, cerca de 3.500 militares americanos já estão em missão no Iraque, a maioria dedicados a dar assessoria e treinamento às forças locais
 (Jonathan Ernst/ Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama: atualmente, cerca de 3.500 militares americanos já estão em missão no Iraque, a maioria dedicados a dar assessoria e treinamento às forças locais (Jonathan Ernst/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 12h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira sua decisão de enviar cerca de 100 novos membros das forças especiais ao Iraque, mas garantiu que sua campanha contra o Estado Islâmico (EI) não se transformará em uma "invasão" como a de 2003.

"Quando disse que não haveria soldados no terreno, acredito que o povo americano entendeu, em termos gerais, que não vamos fazer uma invasão ao estilo da do Iraque (em 2003) nem no Iraque nem na Síria, com batalhões que se deslocando pelo deserto", disse Obama em uma entrevista à emissora "CBS News".

O Pentágono anunciou esta semana que enviará ao Iraque 100 membros, parte de um grupo expedicionário das Forças de Operações Especiais, que poderão realizar incursões de combate contra o grupo jihadista EI e se deslocar à Síria para algumas operações específicas.

"Nossas forças de operações especiais estão entre as melhores do mundo, e não vão destruir por si mesmas o EI, mas podem nos dar um conhecimento melhor da situação no terreno", explicou Obama na entrevista, exibida hoje.

Essas forças especiais também poderão "produzir mais informação de inteligência, trabalhar com as forças locais para desenvolver estratégias mais inteligentes e ajudar a determinar onde os ataques aéreos farão mais diferença", acrescentou.

Atualmente, cerca de 3.500 militares americanos já estão em missão no Iraque, a maioria dedicados a dar assessoria e treinamento às forças locais.

Além disso, há um mês Obama autorizou o envio à Síria de um contingente das Forças de Operações Especiais, com menos de 50 membros, para assessorar os opositores ao regime do presidente Bashar al Assad na luta contra os jihadistas.

O coronel Steven Warren, do Pentágono, afirmou ontem que as forças especiais do novo contingente terão capacidade de "realizar incursões, liberar reféns, reunir informação de inteligência e capturar líderes do EI, além de realizar operações unilaterais" na Síria.

Obama deu também as boas-vindas à decisão do parlamento britânico de bombardear o EI também na Síria, assim como o anúncio da Alemanha de enviar novas tropas para lutar contra os terroristas.

"A boa notícia é que, após (o ataque terrorista de 13 de novembro) em Paris, estamos vendo que países como Alemanha e Reino Unido, que tinham hesitado sobre se envolver demais na Síria, se deram conta que têm que fazer parte da solução", indicou Obama. EFE

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