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Cameron revoga ajuda social a trabalhadores com invalidez

"Sobre a invalidez, eu lhes digo que não continuaremos com as mudanças que foram apresentadas no novo orçamento", garantiu Cameron no Parlamento


	O premiê britânico David Cameron: "sobre a invalidez, eu lhes digo que não continuaremos com as mudanças que foram apresentadas no novo orçamento", garantiu Cameron no Parlamento
 (Richard Stonehouse/Getty Images)

O premiê britânico David Cameron: "sobre a invalidez, eu lhes digo que não continuaremos com as mudanças que foram apresentadas no novo orçamento", garantiu Cameron no Parlamento (Richard Stonehouse/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 16h27.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira o cancelamento da redução de benefícios sociais a trabalhadores incapacitados, medida esta que provocou a demissão de seu ministro do Trabalho e um racha no gabinete.

"Sobre a invalidez, eu lhes digo que não continuaremos com as mudanças que foram apresentadas" no novo orçamento, garantiu Cameron no Parlamento.

Cameron interveio pela primeira vez desde a saída na sexta-feira do ministro do Trabalho e da Previdência Social, Iain Duncan Smith, que entregou uma carta de renúncia incendiária.

Nela, acusou o ministro das Finanças, George Osborne, de ter jogado a austeridade nas costas dos menos favorecidos.

O premiê anunciou, então, a retirada do plano para reduzir 1,3 bilhão de libras (US$ 1,4 bilhão) anuais em ajudas a trabalhadores incapacitados, o que havia causado indignação em muitos setores - incluindo uma parte dos deputados conservadores.

A oposição trabalhista lamentou que Osborne não tenha comparecido à sessão - "onde está o ministro da Finanças?", questionou o líder Jeremy Corbyn -, e reivindicou a retirada do "caótico orçamento" do qual a medida faz parte.

Cameron insistiu em que seu governo é "compassivo" e que "continuará concedendo a maior prioridade a melhorar as oportunidades dos mais pobres".

O premiê comparece ao Parlamento depois de cada cúpula europeia.

O novo ministro do Trabalho e da Previdência Social, Stephen Crabb, confirmou a retirada da medida em sua primeira intervenção no Parlamento desde que assumiu a pasta. Também ensaiou uma desculpa: "por trás de cada estatística, há um ser humano e, às vezes, os políticos se esquecem disso".

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