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Cameron provoca polêmica ao chamar imigrantes de "bando"

Premiê britânico falou de um "bando" ao se referir aos milhares de refugiados e imigrantes acampados em condições precárias no norte da França


	Primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron: o primeiro-ministro usou o termo "bunch", que em inglês é usado como um substituto para "grupo"
 (Dylan Martinez/Reuters)

Primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron: o primeiro-ministro usou o termo "bunch", que em inglês é usado como um substituto para "grupo" (Dylan Martinez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 14h28.

Pela segunda vez em um curto espaço de tempo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, gerou polêmica nesta terça-feira ao se referir depreciativamente aos imigrantes durante um debate parlamentar.

Cameron falou de um "bando" ao se referir aos milhares de refugiados e imigrantes acampados em condições precárias no norte da França, na esperança de entrar no Reino Unido.

O primeiro-ministro usou o termo "bunch", que em inglês é usado como um substituto para "grupo" quando se trata de pessoas indesejáveis, como ladrões, por exemplo.

Recentemente, o líder trabalhista Jeremy Corbyn visitou os refugiados em Calais, e foi a este respeito que Cameron disse: "se reuniu com um bando de imigrantes em Calais e disse-lhes que todos poderiam vir ao Reino Unido".

O primeiro-ministro também acusou Corbyn de querer se encontrar com os argentinos "para devolver as Malvinas", em alusão à proposta do trabalhista de negociar com Buenos Aires.

Em julho, Cameron já havia sido criticado por referir-se aos refugiados como uma "praga".

"Declarações que dividem e que não são próprias de um chefe de Estado", censurou a deputada trabalhista Yvette Cooper.

"Uma das lições do Holocausto", afirmou Jonathan Freedland, colunista do The Guardian, "é que é muito fácil desumanizar outras pessoas, transformá-las de seres humanos com vidas, esperanças e necessidades, em um problema a ser repelido".

Os refugiados em Calais e no norte da França "fugiram de horrores indizíveis", lembrou no Twitter outro deputado trabalhista, Imran Hussein.

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