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Cameron cortará benefícios de obesos que não se tratarem

Os desempregados britânicos com problemas de obesidade que não cumprirem o tratamento médico para emagrecer podem perder as prestações sociais


	Obesidade: Reino Unido irá cortar benefícios sociais das pessoas nesta condição que não tratarem de sua doença
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Obesidade: Reino Unido irá cortar benefícios sociais das pessoas nesta condição que não tratarem de sua doença (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2015 às 07h46.

Londres - Os desempregados britânicos com problemas de obesidade que não cumprirem o tratamento médico para emagrecer podem perder as prestações sociais, segundo um plano anunciado neste sábado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

O premiê britânico apresentou sua proposta ao ministério da Saúde para que avalie as pautas nas quais tanto obesos como cidadãos com dependência química (álcool e outras drogas) 'com condições tratáveis' que não se submeterem a tratamento poderiam perder os subsídios estatais.

'Alguns têm problemas de álcool ou de drogas, mas recusam a se tratar. Em outros casos, há gente que tem problemas de peso que poderia ser resolvido, mas em vez disso escolhem levar uma vida sustentada pelas ajudas e não trabalhar', argumentou Cameron.

Para o primeiro-ministro, 'não é justo pedir aos contribuintes que trabalham duro que custeiem os subsídios das pessoas que recusam a ajuda e o tratamento que poderiam levà-los de volta à vida laboral'.

A três meses para as eleições gerais no Reino Unido, o líder conservador disse que seu governo 'está decidido a proporcionar às pessoas as maiores ajudas possíveis para devolver a elas uma vida plena'.

A conselheira do ministério da Saúde Carol Black, encarregada de avaliar a proposta, assinalou que está 'profundamente interessada em superar os desafios que este tipo de pessoa que solicita os subsídios representa'.

'Esta gente, além de ter problemas que se arrastaram durante muito tempo e complicações com seu estilo de vida, sofrem a grande desvantagem de não estarem integradas no mundo laboral, algo tão básico na sociedade', disse Black.

No Reino Unido, onde a legislação atual não exige que se submeta a tratamento para pedir o benefício, cerca de 60% dos 2,5 milhões de pessoas que recebem subsídios por doença recebem essas ajudas há mais de cinco anos. 

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