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Cameron nega pedido de Kirchner para devolver as Malvinas

Em carta, publicada nos jornais britânicos e argentinos, Cristina Kirchner acusa o Reino Unido de colonialismo, pede a retomada do diálogo e a devolução das ilhas


	David Cameron deixa a sede da UE em Bruxelas: de acordo com assessores de Cameron, a população das Malvinas demonstrou "o desejo claro de ser britânica"
 (John Thys/AFP)

David Cameron deixa a sede da UE em Bruxelas: de acordo com assessores de Cameron, a população das Malvinas demonstrou "o desejo claro de ser britânica" (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 13h57.

Brasília – O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, recusou hoje (3) o pedido da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de devolução das Ilhas Malvinas. Em carta, publicada nos jornais britânicos e argentinos, Cristina Kirchner acusa o Reino Unido de colonialismo, pede a retomada do diálogo e a devolução das ilhas.

De acordo com assessores de Cameron, a população das Malvinas demonstrou "o desejo claro de ser britânica" e o primeiro-ministro fará "o possível para proteger" seus interesses. Em março será realizado um referendo sobre o estatuto político do arquipélago.

Cameron pediu à Cristina Kirchner que aceite o resultado do referendo. De acordo com assessores, os moradores das Ilhas Malvinas são livres para escolher o futuro, tanto na política como na economia, e têm direito à autodeterminação.

Em 1982, houve uma disputa entre Argentina e Reino Unido pela posse das ilhas. Os britânicos saíram vitoriosos. A disputa entre os dois países ocorre desde o século 19. Na carta, Cristina Kirchner lembra a história da disputa.

"Há 180 anos, a 3 de janeiro como hoje, em um exercício aparente de colonialismo século 19, a Argentina foi alvo de armas que levaram à retirada das Ilhas Malvinas, situada a 14 mil quilômetros de Londres [capital do Reino Unido]”, diz o texto.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Andréa Quintiere

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