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Cameron está descontente com jornais por dados de Snowden

Primeiro-ministro britânico disse que está descontente pelo fato de os jornais ainda continuarem publicando informações confidenciais vazadas pelo ex-analista

Homem checa pelo celular as atualizações sobre o ex-prestador de serviços de uma agência espiã dos EUA Edward Snowden, que respondeu a perguntas pelo Twitter, em Sarajevo (Dado Ruvic/Reuters)

Homem checa pelo celular as atualizações sobre o ex-prestador de serviços de uma agência espiã dos EUA Edward Snowden, que respondeu a perguntas pelo Twitter, em Sarajevo (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 17h31.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta quinta-feira que está descontente pelo fato de os jornais ainda continuarem publicando informações confidenciais vazadas pelo ex-analista de inteligência dos Estados Unidos Edward Snowden e lhes pediu que parem com isso.

Revelações sobre atividades de espionagem da agência britânica GCHQ e sua cooperação com a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) causaram constrangimento ao governo britânico e irritaram muitos deputados do governista Partido Conservador, de Cameron, que acreditam que essa atitude causou prejuízos à segurança nacional.

"Estou preocupado com os danos que Snowden causou à nossa segurança", disse Cameron a um comitê parlamentar. "Eu incentivo os jornais que estão interminavelmente brincando com isso para pensarem antes de agir porque... estamos sob grave risco de nos tornarmos menos seguros." Anteriormente Cameron ameaçou tomar medidas para impedir a publicação de material vazado por Snowden e acusou jornais, sem citar nomes, de darem assistência a inimigos da Grã-Bretanha ao ajudá-los a evitar a vigilância de seus serviços de espionagem.

Ele citou previamente o britânico Guardian por divulgar tal material. O Guardian diz que tem sido cuidadoso na escolha do que publica e que não divulga nenhum nome.

Em dezembro, a polícia britânica disse que estava avaliando se a equipe do jornal deveria ser investigada por delitos de terrorismo pelo modo como lida com os dados de Snowden, mas não indiciou ninguém.

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