Estado Islâmico: "É o desespero de uma organização que comete os atos mais desprezíveis e horríveis contra as pessoas" (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 11h35.
O primeiro-ministro britânico David Cameron afirmou que o novo vídeo da organização jihadistas Estado Islâmico (EI), que inclui ameaças ao Reino Unido, reflete o desespero do grupo diante dos reveses sofridos recentemente.
"É o desespero de uma organização que comete os atos mais desprezíveis e horríveis contra as pessoas", afirmou.
"É uma organização que está perdendo terreno", acrescentou.
O EI ameaçou o Reino Unido em um novo vídeo divulgado no domingo, em que mostra a execução de cinco supostos espiões.
O vídeo, postado nos sites jihadistas e com a veracidade confirmada pelo centro americano de vigilância de sites islamitas SITE, começa com a confissão diante da câmera de cinco homens que se dizem originários de Raqa, a "capital" de fato do EI na Síria.
Eles são apresentados por um jihadista como espiões.
Os cinco homens não são identificados, mas um deles menciona a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que luta contra o EI no Iraque e na Síria.
O vídeo mostra os reféns usando o tradicional uniforme laranja e ajoelhado diante de cinco homens usando uniforme militar e armados com uma pistola.
"Esta é uma mensagem para David Cameron" (o primeiro-ministro britânico), diz um jihadista em Inglês.
"É surpreendente ouvir um líder insignificante como você desafiar o poder do Estado Islâmico", acrescenta.
A Grã-Bretanha, que bombardeia posições do EI no Iraque, realiza desde dezembro ataques aéreos na Síria.
"Vamos continuar com a Jihad, atravessar fronteiras e, um dia, invadiremos seu território, onde vamos governar segundo a Sharia" (lei islâmica), afirma ainda o jihadista.
"Para todos aqueles que quiserem continuar a lutar sob a bandeira de Cameron: acha realmente que seu governo vai se preocupar com você quando você cair em nossas mãos? Vejam como eles abandonaram esses espiões e aqueles que vieram antes deles?", afirma, apontando os reféns ajoelhados.
Ao final do discurso, os cinco homens são executados com uma bala na cabeça.