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Cameron: deserção de Kussa mostra que regime de Kadafi desmorona

Junto ao premiê turco, Erdogan, chefe do governo britânico repetiu que objetivo é que ditador saia da Líbia

David Cameron: investigação sobre o atentado de Lockerbie ainda está aberta (Getty Images/Getty Images)

David Cameron: investigação sobre o atentado de Lockerbie ainda está aberta (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 14h28.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira que a deserção ao Reino Unido do ministro líbio de Relações Exteriores, Mussa Kussa, é uma mostra de que o regime do coronel Muammar Kadafi está se desmoronando.

"A decisão do agora ex-ministro de vir a Londres para renunciar a seu posto é uma decisão de alguém no limite, e é uma história convincente do desespero e do medo no próprio coração do regime de Kadafi, que desmorona e está podre", disse Cameron em entrevista coletiva.

"Fui claro desde o princípio que queremos que Kadafi saia e que seus seguidores recuperem o sentido e abandonem este regime brutal", acrescentou Cameron, cuja entrevista foi concedida em conjunto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

O governante britânico declarou que a renúncia de Kussa "é um sério golpe à autoridade de Kadafi", e negou que sua chegada ao Reino Unido seja fruto de um acordo para lhe garantir imunidade em relação com atentados terroristas.

Antes de ser ministro de Relações Exteriores, Kussa foi o chefe dos serviços secretos líbios acusados de vários atentados no Ocidente, como a derrubada de um voo comercial da Pan Am em pleno voo sobre a Escócia em 1988, que deixou 270 mortos.

"Quero deixar claro que não foi garantida imunidade a Mussa Kussa. Não há um acordo desse tipo", garantiu Cameron, que lembrou que a investigação sobre o atentado de Lockerbie "ainda está aberta" e nas mãos da Justiça.

As declarações do premiê britânico foram dadas após a promotoria escocesa comunicar ao Foreign Office seu interesse em interrogar Kussa.

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