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Camarões fecha fronteira com Nigéria temendo avanço do ebola

Até o momento, nenhum caso de ebola foi registrado em Camarões, que tem uma fronteira de mais de 2.000 km com a Nigéria

Uma menina que pode ter contraído o vírus ebola tem a temperatura verificada em um hospital do governo de Serra Leoa (Carl de Souza/AFP)

Uma menina que pode ter contraído o vírus ebola tem a temperatura verificada em um hospital do governo de Serra Leoa (Carl de Souza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 16h40.

Yaoundé - Camarões fechou todos os seus acessos na fronteira com a Nigéria para evitar a propagação do vírus do ebola, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial.

"Todas as fronteiras (aéreas, marítimas e terrestres) de Camarões com a Nigéria estão fechadas. Nossa lógica é a de que é melhor prevenir do que remediar", anunciou à AFP o ministro camaronês da Comunicação e porta-voz do governo, Issa Chiroma Bakary.

"O governo tomou esta decisão com total conhecimento de causa para proteger a população" do risco de contágio, explicou Bakary.

"A medida será mantida durante o período de incubação" da doença, ou seja, cerca de quarenta dias, afirmou.

"Se não for registrado nenhum caso novo na Nigéria, reabriremos as fronteiras. O governo também decidiu restringir a circulação com os (outros) países infectados", acrescentou o porta-voz.

Até o momento, nenhum caso de ebola foi registrado em Camarões, que tem uma fronteira de mais de 2.000 km com a Nigéria, onde, segundo as autoridades locais, quatro pessoas morreram e doze estavam infectadas.

O aumento da violência ligada às atividades do grupo extremista nigeriano Boko Haram obrigou milhares de nigerianos a se refugiarem nesta região do norte do país. Esses fluxos são difíceis de controlar e suscitam temores relacionados à expansão do vírus do ebola.

A atual epidemia desta febre hemorrágica, a mais grave desde o seu surgimento em 1976, deixou 1.145 mortos em cinco meses, segundo o registro mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), 413 deles na Libéria, 380 na Guiné, 348 em Serra Leoa e quatro na Nigéria.

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