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Câmaras de Brasil e Argentina querem sanção a Paraguai

''É preciso sermos duros com o Paraguai quanto a sanções políticas'', disse Marco Maio, presidente da Câmara de Deputados brasileira

Marco Maia: ''Devemos defender com toda a força a democracia na América do Sul, na América Latina e no mundo'' (Antonio Cruz/ABr)

Marco Maia: ''Devemos defender com toda a força a democracia na América do Sul, na América Latina e no mundo'' (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 19h25.

Buenos Aires - Os presidentes das Câmaras de Deputados do Brasil, Marco Maia, e da Argentina, Julián Domínguez, defenderam nesta sexta-feira em Buenos Aires as sanções aplicadas ao Paraguai pelo Mercosul e pela Unasul em rejeição ao impeachment de Fernando Lugo.

''É preciso sermos duros com o Paraguai quanto a sanções políticas. Devemos defender com toda a força a democracia na América do Sul, na América Latina e no mundo'', disse a jornalistas Maia, que chegou a Buenos Aires à frente de uma comitiva parlamentar do Brasil para aprofundar os laços com seus pares argentinos.

O deputado brasileiro se referiu assim à decisão do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) de suspender o Paraguai de ambos os blocos durante as cúpulas realizadas na cidade argentina de Mendoza.

Os deputados manifestaram seu repúdio à recente destituição de Lugo como presidente do Paraguai como resultado de um controvertido julgamento político e anteciparam que o país será reincorporado em abril próximo, quando está prevista a realização de eleições.

No caso do Mercosul, a decisão foi adotada por Brasil, Argentina e Uruguai, companheiros do Paraguai no bloco que também resolveu incorporar a Venezuela ao grupo no próximo dia 31 de julho em um evento que será realizado no Rio de Janeiro.

Maia, do PT, opinou que ''não se pode destituir um presidente em 24 horas'' e respaldou, além disso, a iniciativa da América do Sul de não aplicar sanções econômicas a Assunção porque, nesse caso, ''se prejudicaria o povo daquele país'', avaliou.

''Devemos nos cuidar de qualquer atitude autoritária que esteja à direita ou à esquerda'', destacou Maia.

O governista Julián Domínguez opinou que a integração na América Latina ''é irreversível'' e inclusive ''supera as próprias expectativas do Mercosul''.

Domínguez e Maia tiveram uma reunião no Congresso argentino durante a qual ratificaram o protocolo de colaboração entre ambos os Parlamentos e conversaram sobre assuntos de interesse dos dois países, como os vínculos comerciais e as políticas de direitos humanos. 

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