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Câmara dos EUA tenta restringir suspensão de sanções ao Irã

Após sua aprovação na Câmara, a proposta legislativa seguirá para o Senado, onde não está claro se os republicanos vão conseguir a maioria necessária


	Câmara dos EUA: o texto aprovado hoje pela Câmara dos Representantes é a Lei de Transparência do Financiamento Terrorista no Irã
 (Mladen Antonov/AFP/AFP)

Câmara dos EUA: o texto aprovado hoje pela Câmara dos Representantes é a Lei de Transparência do Financiamento Terrorista no Irã (Mladen Antonov/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 08h32.

Washington - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, por 246 votos a favor e 181 contra, um projeto de lei que restringiria a capacidade do presidente Barack Obama para suspender as sanções ao Irã conforme o estabelecido no acordo nuclear, apesar de o governante já ter anunciado que vetará esta medida.

Após sua aprovação na Câmara, a proposta legislativa seguirá para o Senado, onde não está claro se os republicanos, que controlam a Casa, vão conseguir a maioria necessária e, mesmo assim, Obama já anunciou que vetará a futura lei.

O texto aprovado hoje pela Câmara dos Representantes é a Lei de Transparência do Financiamento Terrorista no Irã, que contou com o apoio de quase todos os legisladores republicanos e a oposição de praticamente todos os democratas.

Trata-se da última tentativa dos conservadores para bloquear a implementação do acordo alcançado em julho pelo G5+1 (EUA, Reino Unido, Rússia, China e França, mais Alemanha) com o Irã, cujo objetivo é controlar as atividades nucleares da república islâmica para que não exista a possibilidade de que ela possa desenvolver uma arma atômica.

A oposição republicana considera que o acordo, uma prioridade de Obama em política externa, é "um pacto ruim" que não evitará que os iranianos obtenham a bomba nuclear, por isso se opuseram ferozmente ao mesmo e tentaram derrubá-lo várias vezes no Congresso, mas sempre em vão.

No último dia 16, Obama assinou a ordem executiva para a histórica suspensão das sanções atômicas contra o Irã, depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou o cumprimento das exigências por parte da república islâmica para dar início ao acordo nuclear.

O pacto prevê limitar vários aspectos do programa atômico iraniano durante períodos de entre 10 e 25 anos, em troca da suspensão das sanções.

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