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Câmara dos EUA pede que próximo relatório sobre eleições seja público

Desde 2017, a campanha de Trump é investigada por ter conspirado com a Rússia; também é investigado se o presidente tentou obstruir a investigação

Câmara dos Representantes, Washington, EUA (powerofforever/Getty Images)

Câmara dos Representantes, Washington, EUA (powerofforever/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2019 às 16h59.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 17h29.

Washington —  A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução não vinculante pedindo que o próximo relatório investigativo do procurador especial Robert Mueller sobre o papel da Rússia na eleição de 2016 seja divulgado ao Congresso e ao público.

A votação na Câmara por 420 a 0, com quatro parlamentares republicanos conservadores votando "presente", pressiona o procurador-geral dos EUA, William Barr, a quem Mueller apresentará o relatório quando for elaborado, a torná-lo público, embora não o obrigue a fazê-lo.

Mueller investiga desde maio de 2017 se a campanha de Trump conspirou com Moscou, e se o presidente tentou ilicitamente obstruir a investigação. Trump nega envolvimento e qualquer tentativa de obstrução. A Rússia nega interferência eleitoral. Mueller não indicou quando concluirá o relatório.

Os regulamentos do Departamento de Justiça que regem a nomeação de procuradores especiais dão a Barr o poder de decisão sobre quanto do relatório deve ser público. Essas regras exigem que ele notifique os principais democratas e republicanos nos comitês judiciários da Câmara e do Senado depois que Mueller concluir sua investigação.

As normas não exigem a divulgação do relatório, mas também não impedem explicitamente que Barr entregue o documento na íntegra ao Congresso.

Não ficou claro se o Senado, controlado pelos partidários republicanos de Trump, vai adotar a medida.

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