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Câmara dos EUA não fará reforma da saúde antes de recesso

A reforma foi uma das principais promessas de campanha de Donald Trump. Os republicanos protestam contra a Lei de Saúde de Obama desde sua adoção, em 2010

Obamacare: republicanos querem substituir o programa de saúde criado pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama (Alex Wong/Getty Images)

Obamacare: republicanos querem substituir o programa de saúde criado pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama (Alex Wong/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2017 às 19h53.

Profundas divisões frustraram nesta quarta-feira as esperanças que os republicanos dos Estados Unidos ainda tinham de ressuscitar rapidamente a legislação que substituiria o Obamacare, com os parlamentares se preparando para um recesso de uma quinzena sem um acordo que ponha fim às disputas internas.

"Iremos para casa amanhã sem um acordo", disse Chris Collins, republicano moderado da Câmara dos Deputados, aos repórteres.

Aliado da Casa Branca, Collins disse que dias de negociações fracassaram devido às exigências dos conservadores para que os Estados possam descartar políticas populares presentes na lei de saúde do ex-presidente Barack Obama que protegem os doentes de discriminações nos preços e permitem que jovens adultos continuem filiados aos planos de saúde de seus pais até os 26 anos.

Ele disse que o ultraconservador Caucus da Liberdade, que atua na Câmara, está "mexendo nas traves do gol" para as negociações e com isso arriscando perder o apoio em potencial de republicanos moderados.

Os dois lados do debate alertaram que a iniciativa republicana pela reforma da saúde, uma das principais promessas de campanha do presidente Donald Trump, pode perder ímpeto se os parlamentares partirem nesta semana sem um pacto que apare as arestas que levaram ao fracasso de 24 de março, quando o presidente da Câmara, Paul Ryan, cancelou a votação de um projeto de saúde sobre o tema.

Mais cedo nesta quarta-feira, o executivo-chefe do Heritage Action, Mike Needham, disse aos repórteres que seu grupo conservador está estudando maneiras de lidar com os deputados moderados conhecidos como o Grupo de Terça-feira com anúncios agressivos em seus distritos e outras táticas.

Mas Ryan disse a um fórum que as discussões foram "muito produtivas" e enfatizou que os líderes republicanos não estabeleceram um prazo para o acordo.

"Podemos continuar trabalhando nisso durante semanas agora", afirmou Ryan.

"Temos tempo para resolver isso."

Os republicanos têm protestado contra a Lei de Saúde de Obama desde sua adoção, em 2010.

Na terça-feira, alguns parlamentares republicanos expressaram a esperança de que a Casa Branca apresente um projeto de lei para a saúde.

Alguns conservadores disseram que uma votação na Câmara é possível ainda nesta semana.

Mas não há um projeto ainda para ser votado, apesar das conversas com parlamentares governistas lideradas pelo vice-presidente, Mike Pence.

Um assessor da liderança republicana na Câmara disse nesta quarta-feira que ainda existem planos para a Casa iniciar um recesso de mais de duas semanas a partir da tarde de quinta-feira.

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