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Câmara dos EUA aprova polêmica lei de cibersegurança

A lei permite às empresas privadas trocar informação pessoal confidencial com o governo federal para evitar ciberataques

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers, disse que a medida é vital para defender os sistemas informáticos vulneráveis dos ataques externos (Mladen Antonov/AFP)

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers, disse que a medida é vital para defender os sistemas informáticos vulneráveis dos ataques externos (Mladen Antonov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 09h24.

Washington - A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira a lei que protege empresas privadas e órgãos públicos de ciberataques, uma medida que segundo seus críticos atenta contra as liberdades civis.

A maioria republicana na Câmara enfrentou a ameaça de veto da Casa Branca para aprovar a chamada Ata de Ciber Inteligência para Proteção e Troca de Datos (CISPA, sigla em inglês), por 248 votos contra 162.

O projeto segue agora para o Senado, controlado pelos democratas.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers, disse que a medida é vital para defender os sistemas informáticos vulneráveis dos ataques externos: "não podemos ficar quietos e não fazer nada enquanto as empresas americanas sangram com o saque cibernético promovido por Estados como China e Rússia".

A lei permite às empresas privadas trocar informação pessoal confidencial com o governo federal para evitar ciberataques.

"Sem dúvida, o caminho para a votação na Câmara não foi fácil", disse Dean Garfield, diretor-executivo do Conselho da Indústria Tecnológica de Informação, uma influente associação de comércio de tecnologia. "Mas no final do dia conseguimos uma legislação que claramente melhora as ciberdefesas do nosso país e que protegerá nossos cidadãos".

Já Rainey Reitman, diretor do grupo de direitos digitais Electronic Frontier Foundation (EFF), afirmou que "não ficaremos de braços cruzados enquanto as libertades básicas para se ler e conversar on-line sem a vigilância do governo estejam em risco por este tipo de proposta legislativa excessivamente ampla".

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