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Câmara dos EUA aprova ajuda a rebeldes sírios

Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou a favor de plano de ajuda para os rebeldes sírios moderados

Rebelde moderado em meio à fumaça após suposto ataque aéreo do Exército sírio (Ahmed Deeb/AFP)

Rebelde moderado em meio à fumaça após suposto ataque aéreo do Exército sírio (Ahmed Deeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 14h01.

Washington - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira a favor de um plano de ajuda para os rebeldes sírios moderados, que ainda deve ser aprovado pelo Senado, no primeiro passo da estratégia de Barack Obama contra a organização extremista Estado Islâmico.

Os legisladores adotaram a medida como emenda a uma lei de finanças, por 273 votos a 156. Vários parlamentares dos dois partidos - republicano e democrata - votaram contra esta iniciativa -, refletindo a divisão no Congresso em torno da estratégia do presidente Obama na guerra contra o EI.

O plano aprovado pela Câmara dá carta branca ao Pentágono para equipar e treinar os rebeldes sírios e determina que o Executivo apresente ao Congresso, a cada 90 dias, um relatório sobre sua execução, incluindo o número de combatentes formados e os grupos sírios beneficiados com treinamento, armas e equipamentos.

O projeto não prevê créditos adicionais para financiar a operação e destaca que não é uma autorização para envolver militares americanos no conflito.

A lei de finanças que engloba o plano foi posteriormente aprovada pela Câmara por 319 votos contra 108, e permitirá um financiamento temporário para o início do ano fiscal de 2015, que começa em 1º de outubro.

A medida, que será enviada ao Senado, financia o Estado federal até 11 de dezembro e após ser aprovada evitará a paralisação da máquina estatal a partir de 1º de outubro, como ocorreu no ano passado.

Com esse projeto de gastos temporários, os legisladores poderão promover um debate mais intenso - depois das eleições de metade de mandato no Congresso, em 4 de novembro - em torno da aprovação de uma nova autorização para o uso da força militar que daria mais poderes a Obama para travar uma guerra mais ampla contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

Obama pressionou o Congresso com o objetivo de conseguir a cobertura política para iniciar uma ação militar na Síria contra o EI, embora a Casa Branca e muitos legisladores acreditem que o presidente tem a autoridade constitucional para realizar ataques aéreos na Síria, como fez no Iraque, para defender os interesses de segurança nacional.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, saudou a votação como "um importante passo inicial contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante."

A medida foi articulada pelo presidente do Comitê dos Serviços Armados Buck McKeon, que, no entanto, é um dos muitos republicanos que acreditam que o plano de Obama é insuficiente para alcançar o objetivo de degradar e destruir o grupo Estado Islâmico, que invadiu grandes faixas territoriais do Iraque e da Síria e proclamou a criação de um califado nessa região.

Muitos democratas estavam pouco convencidos e coube ao número dois do partido na Câmara, Steny Hoyer, rebater os argumentos daqueles que se opõem e pedir o apoio do Congresso ao comandante-em-chefe em tempos de crise.

"Estamos unidos em nossa determinação de enfrentar esta ameaça. Podemos ter divergências neste plenário da Câmara, mas somos todos os americanos quando se trata de defender o nosso povo e o nosso país", disse Hoyer.

"Sabemos empiricamente que o custo de não fazer nada é grande demais", afirmou o legislador democrata.

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