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Câmara dos Deputados amplia participação do Brasil no FMI

Se proposta também for ratificada pelo Legislativo, País passará a deter 2,316% das quotas totais do Fundo e será elevado da 14ª à 10ª posição na lista dos quotistas

Congresso Nacional (Xênia Antunes/Stock.xchng)

Congresso Nacional (Xênia Antunes/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 18h45.

Brasília - O plenário da Câmara dos Deputados acaba de aprovar projeto de decreto legislativo que amplia a participação do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). O pacote de reforma na instituição, apoiado pelo governo brasileiro, precisa da ratificação do Legislativo. O documento enviado em outubro passado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso foi aprovado pelos deputados simbolicamente, sem o registro dos votos no painel eletrônico. Agora a matéria segue para a análise do Senado.

A mudança transfere cerca de 6% das quotas relativas aos países emergentes e em desenvolvimento, beneficiando o Brasil. "A União Europeia perde poder de decisão com o aumento de participação dos países emergentes", afirmou o relator da proposta na Câmara, deputado Doutor Rosinha (PT-PR). Com a mudança, o Brasil passará a deter 2,316% das quotas totais do Fundo, um aumento de 0,533 ponto porcentual, e será elevado da 14ª à 10ª posição no ranking dos quotistas.

Representantes do DEM e do PSDB defenderam o voto a favor, mas fizeram discursos criticando o PT por ter defendido o "Fora FMI" no passado, quando fazia oposição ao governo, e agora está patrocinando o aumento de participação brasileira na instituição.

"O Brasil será instado a ter maior responsabilidade e interferência internacional", comemorou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). A reforma na instituição altera também a formação da diretoria executiva para acabar com as diferenças entre os cinco diretores de países com maior participação no Fundo - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, indicados por seus respectivos governos, - e os 19 demais diretores executivos, dentre os quais o do Brasil, que são eleitos. Com a mudança todos os diretores executivos passarão a ser eleitos.

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